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Tratamento precoce deve ser adotado no país

DA EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

As novas diretrizes para o tratamento de pessoas com HIV, a serem publicadas pelo Ministério da Saúde ainda neste semestre, devem seguir o caminho da terapia precoce, segundo o infectologista Ronaldo Hallal, coordenador de cuidado e qualidade de vida no Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

"O ministério está atento às novas evidências científicas. Hoje há remédios menos tóxicos e mais fáceis de tomar." Segundo Hallal, 217 mil pessoas com HIV estão tomando antirretrovirais por meio da rede pública. Acrescentando os soropositivos com contagem de células de defesa entre 350 e 500 por mm3 de sangue, que fariam a terapia precoce, seriam mais 20 mil. O custo das drogas é de R$ 800 milhões por ano.

O infectologista Artur Timerman explica que, apesar de expor o paciente antes aos efeitos colaterais, tratar mais cedo freia a multiplicação dos vírus e bloqueia o surgimento de cópias do HIV que resistem aos remédios.

Mas, se a pessoa não tomar os antivirais com regularidade, esse risco aumenta, diz Luiz Carlos Pereira Junior, do Emílio Ribas. Deixar o paciente sem tratamento, mesmo com alta imunidade, porém, causa problemas que levam a envelhecimento precoce.

"Uma pessoa que se contamina hoje tem mais décadas de vida. Tratar cedo vai preservá-lo dos efeitos da multiplicação viral? Só podemos responder por meio de um estudo clínico com número grande de voluntários."

(DM)

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