São Paulo, domingo, 23 de maio de 2010 |
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MODA Jogos de vestirpor VIVIAN WHITEMAN A moda invade os campos de futebol e transforma a Copa do Mundo 2010 em "fashion week" esportiva A seleção vencedora da Copa do Mundo 2010, que será disputada em junho na África do Sul, vai levar o famoso "caneco" para a casa em grande estilo. A grife francesa de luxo Louis Vuitton fechou parceria com a Fifa e criou um estojo, com sua famosa logomarca, feito especialmente para acomodar o cobiçado prêmio. A Vuitton, que começa a veicular, neste mês, uma campanha com os craques Maradona, Pelé e Zidane, fotografada por Annie Leibovitz, é só mais uma das grifes de luxo que descobriram nos campos uma fonte de renda e de inspiração. Os executivos da Armani, por exemplo, perceberam há tempos o apelo dos craques na divulgação de produtos como ternos, óculos e relógios. Atualmente, as "Gisele Bündchen" da grife são o brasileiro Kaká e o português Cristiano Ronaldo, que já estrelaram anúncios das mais diversas linhas da marca. Kaká e Cristiano são considerados exemplos de estilo e são fotografados constantemente por sites de celebridades que comentam as escolhas de looks dos dois. O português, por exemplo, ganhou muitos fãs fashionistas depois de aparecer com ousados microshorts, camisas estampadas e acessórios grifados. E os gramados da África do Sul não vão ficar atrás na categoria desfile. As maiores marcas esportivas do mundo, entre elas, Nike, Adidas, Umbro e Puma, botaram no mercado suas versões para os uniformes 2010 das seleções participantes, alguns deles lançados com o estardalhaço digno de uma fashion week. A camisa do esquadrão inglês, por exemplo, foi apresentada no famoso teatro Olympia de Paris, depois de um grande show da banda de rock Kasabian. Quando o time da Inglaterra entrar em campo, cada um dos jogadores estará vestindo camisas feitas sob medida, construída com técnicas de alfaiataria aplicadas a tecidos esportivos. Os materiais e as modelagens dos uniformes de futebol, aliás, estão cada vez mais complexos e funcionais. Além de têxteis inteligentes (com controle térmico e redução de atrito, por exemplo), as camisas entraram na onda da moda "verde". A Nike, que patrocina e veste a seleção brasileira, entre outras, criou camisas feitas de garrafas PET recicladas. Segundo a marca, os novos produtos são maleáveis, leves e dão mais mobilidade aos jogadores. As peças originais custam cerca de R$ 250 e já estão esgotadas em várias lojas das regiões nobres de São Paulo, como os Jardins. Na web, porém, em sites como o Mercado Livre, é possível encontrar itens anunciados como originais por cerca de R$ 150. No comércio popular, em ruas como a 25 de Março, o uniforme canarinho pode sair de R$ 30 a R$ 100. Nesses casos, o selo verde fica para trás e volta à cena o velho poliéster. Entre os modelos da Adidas, o destaque fica para a camisa dos hermanos argentinos, que segue a tendência do futebol-retrô, que virou febre entre os fãs moderninhos. A peça, bem ajustada ao corpo, é inspirada no uniforme de 1986, ano em que o país conquistou seu último título mundial. Para quem não curte as camisas oficiais nem os blusões e camisetas inspirados na Copa, o mercado fashion oferece ainda inúmeras opções. Entre as moças, por exemplo, os novos esmaltes em tons de verde, amarelo e azul e a linha especial de semijoias Ginga Collection, feita com cristais Swarovski, são um sucesso. A estrela da campanha é a top Raica Oliveira, ex de Ronaldo Fenômeno. Bem, alguém tinha de pensar nas marias-chuteira, essas divas ocultas do universo boleiro. Texto Anterior: POST: Os três meses do escritor angolano em Amsterdã |
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