São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Sangue bom

por ELIANE TRINDADE, de Huntington Beach

O surfista brasileiro Gabriel Medina, 17, vira profissional da prancha e encara as lendárias ondas de Huntington Beach, praia que viu nascer o surfe na califórnia

O corintiano Gabriel Medina nem se lembra mais da última vez que bateu uma bolinha com os amigos ou foi ao estádio torcer com a galera. "Meu padrasto não deixa, tem medo que eu me machuque", diz o paulistano de 17 anos. A praia dele é outra. Várias outras.
O surfista conquistou os títulos internacionais mais importantes do mundo como amador. Em suas primeiras braçadas como profissional, participou do U.S. Open, o mais badalado do circuito. De lá, seguiu para uma série de competições na Europa. "Viajar o tempo todo é a pior parte. Fico muito tempo longe de casa e dos amigos", diz Gabriel, que mora em Maresias, no litoral norte de São Paulo, com a mãe, dona de uma loja de roupas de surfe, o padrasto (seu empresário) e dois irmãos.
Gabriel ainda usa aparelho nos dentes. Não tira o uniforme da tribo: boné, moletom e bermuda, sempre da marca dos patrocinadores. Aluno do terceiro ano do ensino médio, o atleta frequenta as aulas nos intervalos entre as competições. "Era bom aluno, mas fui ficando preguiçoso", confessa. Ao contrário dos colegas, ele não cogita prestar vestibular no final do ano. Baladas e namoradas também não fazem parte de sua agenda. "Meu padrasto não deixa", repete, sem sinal de contrariedade.

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