São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 2005

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Cartas

Tristeza e compaixão

Talvez a compaixão possa apenas ser aprendida e não ensinada ("Meu coração fica com o coração dela...", edição de setembro). Aprendida por osmose. Se isso for verdade, basta que cada pessoa consiga ser compassiva, o que não é pouco nem fácil, mas se torna possível quando temos alguém assim por perto.
Cristina Xavier, arquiteta, Salvador (BA)

Rubem Alves impressiona não só pela facilidade que alcança nossos recônditos sentimentos mas porque consegue despertar razões em meio aos desejos e esperanças que zelamos em silêncio na escuridão de nossas almas.
Francisco Fernando Lopes, estudante, Brasília (DF)

Só mesmo Rubem Alves para explicar o que para nós, humildes leitores, não tem explicação. Lembro das novelas que exercem esse papel, a capacidade de fazer chorar pelo que não existe.
Rudi Pereira Lopes, farmacêutico-bioquímico, Florianópolis (SC)

Como mulher e mãe, não consegui me calar diante do último artigo de Rubem Alves ("Ensinar a tristeza", edição de outubro). Tenho muita tristeza em relação aos nossos políticos. Quando penso neles, isso me remete imediatamente à situação das crianças nas periferias do país. Que cidadãos elas poderão ser? Como poderão crescer para o bem, sem terem tido acesso ao trabalho, a uma boa escola, à saúde e à moradia? O pior é que eu não tenho idéia de quando essa situação poderá ser mudada. Acho que não podemos ensinar a tristeza -a situação é suficientemente triste.
Carmen Lúcia C. Lauriello, jornalista, São Paulo (SP)

Alexandre Hohagen

Hoje, fala-se muito em trabalho em equipe, interação, talento ("Busca avançada", edição de outubro). A realidade que vemos, no entanto, inclui executivos trabalhando 16 horas por dia. Acho que o discurso está incoerente com a prática. Quem trabalha 16 horas por dia ou não sabe formar equipe ou tem medo disso.
Pedro Sansão, engenheiro industrial, Botucatu (SP)

Professores

Causou-me surpresa a carta de Gustavo Ioschpe no Sinapse de outubro. O posicionamento do eminente economista e escritor contrasta com o Manifesto dos Senadores pela Educação, lançado na sessão especial do Senado Federal em homenagem aos dias da Criança e do Professor, transcorridos em outubro.
Rodolpho P. Lima, professor aposentado, Bauru (SP)


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