São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011

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Produção de tablets já supera a de netbooks

Fabricação mundial chegou a 13,6 mi, ante 7,3 mi dos laptops pequeninos

Para analista, tendência deve se consolidar no Brasil entre 2012 e 2013, e Windows 8 pode impulsionar tablets

Pichi Chuang - 19.jan.2011/Reuters
Modelo demonstra netbook da Asus durante evento em Taiwan

RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO

No segundo trimestre deste ano, a produção mundial de tablets superou a de netbooks pela primeira vez, de acordo com a empresa de pesquisa ABI Research.
Nesse período, foram colocados à venda 13,6 milhões de unidades de computadores com tela sensível ao toque, ante 7,3 milhões de laptops ultraportáteis (no trimestre anterior, haviam sido 8,4 milhões de netbooks e 6,4 milhões de tablets).
"Essa é uma tendência que não deve se reverter. Como são segmentos diferentes, não se trata de um comportamento de substituição direta, mas de uma mudança de liderança para o tipo de dispositivo mais interessante", afirmou Jeff Orr, diretor de dispositivos móveis da ABI.
"Tablets são vistos como fáceis de usar em comparação à interface de mouse e teclado de um netbook. Aqueles que evitavam PCs porque estes são difíceis de usar veem os tablets como uma oportunidade para se reengajar com o acesso à internet", disse Orr.
Em 2009, no auge dos netbooks, todos os grandes fabricantes de computadores os produziam, com exceção da Apple.
Questionado sobre o assunto em abril daquele ano, Tim Cook, então executivo-chefe interino da empresa fundada por Steve Jobs, afirmou que netbooks se resumiam a "hardware lixo, telas muito pequenas e software ruim".
No ano seguinte, a Apple introduziu o iPad, carro-chefe da categoria que começa a suplantar os netbooks.
Com preço baixo e pouco poder de processamento, os netbooks, introduzidos pela Asus em 2007, foram um dos motivos pelos quais a Microsoft decidiu estender a vida útil do Windows XP, que completou dez anos na semana passada.

NO BRASIL
Para Luciano Crippa, gerente de pesquisas da consultoria IDC, os brasileiros ainda estão se familiarizando com os tablets, e suas vendas só devem superar as de netbooks no país entre 2012 e 2013.
"O tablet, da forma como tem sido usado hoje, ainda é mais um dispositivo de consumo de conteúdo do que de criação", afirma Crippa.
Ele acredita que o lançamento do Windows 8, previsto para o próximo ano, deva acelerar a adoção de tablets no Brasil, já que o novo sistema da Microsoft une a interface otimizada para telas de toque à compatibilidade com ferramentas tradicionais, como o pacote Office.


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