São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000 |
Próximo Texto | Índice
Produzir embalagem, vela, fralda e até tijolo é uma alternativa barata para iniciar um negócio Máquinas de fazer pequenas empresas
FREE-LANCE PARA A FOLHA Ver-se livre do patrão e tornar-se dono do próprio negócio. Quem nunca pensou nisso? Uma boa opção é investir nas máquinas de produção em escala, como as que fabricam embalagens, tijolos e velas, entre outras. A alternativa mais barata é a flocagem, um tipo de acabamento aveludado. A máquina sai por R$ 470, e a previsão de retorno do capital investido é de três meses. O negócio que exige maior investimento é o de fraldas. A máquina automática industrial custa R$ 30 mil, que levarão de dois a três anos para serem recuperados. "Antes de ingressar em qualquer ramo, o primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado", diz Marcelo Nomura, 30, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas). Balões Algumas máquinas dependem da criatividade do produtor, como a que prepara embalagens para presentes em balões. "Ela custa R$ 1.850, com o retorno do investimento previsto para três meses", diz Silvano Lopes, 24, gerente da Plasteng, a fabricante. Os materiais usados são balões especiais e fitas para enfeitar. Cada pacote com 50 unidades custa R$ 52,25. A embalagem pronta (um balão cheio, dentro do qual pode ser colocado um bicho de pelúcia, por exemplo) pode ser vendida por até R$ 10. "É um produto diferente, consumido pelas classes média e alta, com boa aceitação e interessante para quem já tem um comércio", diz Nomura, do Sebrae. Festas Para a Balaco Baco, que vende balões e também as embalagens no shopping Ibirapuera (zona sudoeste de São Paulo), o retorno foi rápido. "Comprei a máquina para usá-la no Natal, e em duas semanas ela estava paga", diz o empresário Roberto Rosemberg, 29. Ele explica que o segredo é aproveitá-la nas épocas de festas. Nesses períodos, o faturamento com a máquina sobe 30% e fica, em média, no valor de R$ 2.000. "O empreendedor precisa escolher um local com grande fluxo de pessoas. O shopping é ideal, do contrário, não vale a pena", aconselha Rosemberg. Esse foi o problema encontrado por Sônia de Souza, 45, dona da loja de rua Shekinah Baloon Designer, que vende lembranças e balões na zona leste de São Paulo. "Na maioria do tempo, a máquina fica parada, mas é consequência do ponto em que estamos. Ao nosso lado, não há lojas de presentes, só concessionárias." (ANDREA MIRAMONTES) Próximo Texto: Brindes e flocagem são pouco explorados Índice |
|