São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000


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Fraldas e embalagens estão saturadas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado já está saturado de máquinas que fabricam fraldas, embalagens para marmitas ou para pizzas, mas ainda há quem lucre com esses ramos.
"Por serem máquinas conhecidas, muitas pequenas empresas não sobrevivem à concorrência, dependendo do local em que atuam", diz o consultor do Sebrae-SP Marcelo Nomura.
Isaias Sales, 27, é um exemplo de sucesso no ramo. Ele trabalha nos finais de semana fabricando marmitex (embalagens descartáveis de alumínio que substituem as marmitas). "Meu faturamento é de cerca de R$ 8.000, trabalhando oito dias por mês. Nos outros, trabalho como contador", conta.
Seu produto é vendido em bares e restaurantes próximos a sua empresa, a Brasil Embalagens, na zona sul de São Paulo. Com 150 clientes, Sales quitou a máquina em sete meses.
Em contrapartida, outra empresa, a Ibituruna Embalagens, em Governador Valadares (MG), está com sua produção parada. "Aqui a concorrência é grande. Prefiro investir nas fôrmas de pizza", diz a proprietária, Katia Lemos, 24.
A máquina, que faz 400 embalagens para pizza por hora, custa R$ 8.200. Para fabricar o marmitex, o investidor gastará R$ 5.000 com o equipamento, que tem capacidade para 2.400 unidades por hora.

Fraldas
Voltada para o mercado infantil, a MG Almeida possui cinco máquinas que produzem fraldas. "Das crianças em idade para usar fraldas, só 26% usam descartáveis", diz o proprietário Marcos Carratu, 42.
Segundo ele, o empreendedor leva um ano para ter o retorno do dinheiro investido. "Cada fralda tem o custo de R$ 0,13 e pode ser vendida por até R$ 0,21."
O preço das máquinas é bastante variado. Na Kilinda's, uma máquina automática custa R$ 2.390 e tem capacidade para fazer 2.300 fraldas por dia. "Se for vendido todo o potencial, o retorno acontece em três meses", diz o proprietário, Amauri Moreira, 38.
A Eniplan vende uma máquina automática por R$ 30 mil, com capacidade para 40 fraldas por minuto (19,2 mil por dia). Segundo o dono da empresa, Antônio Curioni, 65, o retorno leva dois anos.


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