free-lance para a Folha

No próximo dia 16, o Bradesco e o BCN vão leiloar 120 imóveis. Essa pode ser uma oportunidade para os interessados em adquirir a casa própria com desconto.
Desde que deixaram de ser território exclusivo dos investidores profissionais, os leilões de imóveis têm atraído muita gente.
Os preços são cerca de 20% menores que os de mercado. Unidades ocupadas têm até 50% de desconto, para compensar eventuais despesas do arrematante com processos judiciais.
Os principais realizadores são os bancos -como no evento do dia 16. Eles vendem bens retomados ou entregues como a mortização de dívidas. São apartamentos, casas, prédios, galpões, terrenos e salões comerciais, localizados na Grande São Paulo, no litoral e no interior do Estado.
"Os leilões têm atraído as pessoas desiludidas com o excesso de burocracia do crédito imobiliário", observa Ronaldo Milan, 47, um dos leiloeiros responsáveis.
Outra vantagem são as formas de pagamento. Os arrematantes podem optar pelo parcelamento em até 48 meses ou financiamento imobiliário. "No parcelamento não existe a análise da renda", explica Milan, referindo-se a um obstáculo do crédito imobiliário.
"Mas há restrições, dependendo do valor do imóvel, como a proibição de utilizar o FGTS."
Há imóveis cujos lances iniciais variam de R$ 20 mil (apartamento de dois dormitórios, ocupado, em Guarulhos, na Grande São Paulo) a R$ 900 mil (prédio para hotel com hípica, em Itapecerica da Serra, a 33 km da capital).
"Na hora de avaliar o negócio, o comprador deve considerar o sinal de 20% a 30 % do valor, mais a comissão do leiloeiro, de 5%", informa Milan. "Depois que batemos o martelo, não há como desistir da transação."