PAULO NAVES
free-lance para a Folha

"Faça você mesmo" é o imperativo lema de um mercado que já movimenta R$ 17 bilhões por ano no Brasil, atraindo micro e pequenos empresários à procura de um negócio lucrativo.
Conhecido também como bricolagem, o setor de pequenos reparos domésticos realizados pelo próprio consumidor tem apresentado um crescimento anual de cerca de 10% desde 96.
"No varejo, a bricolagem só perde para o mercado de alimentação", afirma Jorge Vidal, vice-presidente da Bricolage, consultoria que promove e estuda o setor.
O grande volume de vendas fez subir o número de produtos disponíveis. Hoje, é possível encontrar uma variedade de até 60 mil itens nos "home centers" -centros de material para a casa.
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Termômetro O aquecimento do setor surge como termômetro para os pequenos empresários verificarem a boa oportunidade de negócios.
Segundo a Bricolage, 80% dos produtos vendidos são feitos no país, e 70% dos fabricantes são de pequeno e médio portes.
É o caso da Matco, que fabrica vários produtos do tipo "faça você mesmo" e fatura R$ 120 mil por mês, com um lucro de 15%.
Seu produto de maior sucesso é o Regulax, uma espécie de concreto de secagem rápida (em dez minutos) para rebocar, chumbar ou revestir paredes, à venda por R$ 7.
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Adesivo A Santa & Cole, que faz parte do reduzido grupo de importadores, traz dos EUA papéis de parede auto-adesivos. "A tecnologia é muito sofisticada para produzir aqui", diz José de Salles, diretor da empresa, que fatura R$ 450 mil.
Para chegar a tal faturamento, é importante entrar nas grandes redes, que têm uma boa distribuição.
A Peg&Faça, com 14 lojas, possui em seu cadastro 280 fornecedores, sendo 40% pequenos empresários.
"O aumento do preço do serviço incentivou o consumidor a tomar conta de seus reparos domésticos", diz Sérgio Bandeira, diretor da loja francesa Castorama, instalada no Brasil desde 97.
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Castorama: (011) 6722-1133; Matco: 0800-553660; Peg&Faça: (011) 822-5999; Santa & Cole: (011) 548-3002.
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