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Brasil já pode licenciar obras de arte
ROSANGELA DE MOURA
free-lance para a Folha
Fabricar produtos que estampem obras de artistas plásticos e
pintores clássicos e contemporâneos é a mais nova frente de negócios na área de licenciamentos.
Um acordo entre a Planet Licensing (empresa brasileira de licenciamento) e o Museum Master International, de Nova York (que detém os direitos exclusivos e mundiais sobre obras de mestres da
pintura), vai permitir o acesso a
obras mundialmente famosas.
Confira alguns notáveis: Andy
Warhol (1928-1987), Botticelli
(1445-1510), Dali (1904-1989), Da
Vinci (1452-1519), Michelangelo
(1475-1564), Miró (1893-1983),
Monet (1840-1926), Picasso (1881-1973), Raphael (1483-1520), Renoir
(1841-1919) e Van Gogh (1853-1890), entre outros.
Na prática, os pequenos empresários podem usar as obras de múltiplas formas: em brinquedos, cadernos, cosméticos, peças de vestuário, utensílios domésticos etc.
Atualmente, os principais ramos
que trabalham com produtos licenciados no Brasil são os de alimentação, artigos escolares, artigos para festas, brinquedos, calçados, confecção e editorial.
Uso livre
A Planet Licensing possui, no mínimo, cinco obras de cada um dos
artistas. O uso das criações é livre:
pode-se utilizar reproduções coloridas, preto-e-branco, parte das
obras ou até mesmo "brincar" com
os tons de determinada tela.
"Como o estilo dos artistas é diversificado, a escolha será definida
por sensações como alegria, silêncio, sonho, humor e liberdade",
analisa Cláudia Bellezi de Oliveira,
diretora da Planet Licensing.
Royalties
Pelas regras do licenciamento, o
empresário irá pagar royalties sobre a venda de produtos que contenham a logomarca de uma determinada obra ou personagem.
Os royalties são um percentual,
estabelecido em contrato, a ser pago sobre o montante das vendas.
Os da licenciadora variam de 4%
a 12%, dependendo do tipo de produto a ser fabricado.
Alimentos têm porcentagem menor porque vendem em grandes
quantidades. A Planet Licensing
cobra adiantamento de 20% sobre
a projeção mínima de vendas.
A licenciadora estima fechar
contratos no primeiro ano com até
50 empresas, que devem produzir,
em média, cem diferentes produtos. As estimativas de arrecadação
no primeiro ano, com a venda de
produtos no varejo, giram em torno de US$ 1,5 milhão.
Arte norte-americana
O artista plástico norte-americano Gregory Gallo confiou à empresa brasileira de licenciamento Brother's Toys o direito de negociar
parte de suas telas em produtos licenciados.
As séries ""Mistical Line", ""Safari" e ""Naturity", voltadas ao final
do milênio, à fauna e à flora, foram
as autorizadas pelo artista, que já
teve seus quadros expostos em Nova York, Milão e Tóquio.
Segundo Francisco Ponzio, diretor da Brother's Toys, os royalties
cobrados sobre o volume de venda
no atacado variam de 4% a 8%.
"O licenciamento é uma forma
de as pessoas terem mais contato
no dia-a-dia com obras de arte",
analisa Gallo.
A empresa vai orientar os licenciados na criação do produto e da
embalagem, na estratégia de marketing e na distribuição.
Brother's Toys: (011) 247-3666; Planet Licensing (011) 573-4976.
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