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ORTOPÉDICOS
Empresas oferecem artigos mais confortáveis, sofisticados e coloridos para descanso e prática de esportes
Setor diversifica atuação e eleva vendas
Lili Martins/Folha Imagem
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Evelyn Cornelsen, cliente da loja Dr. Scholl, experimenta tala para a mão, utilizada no tratamento da LER
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CLEBER MARTINS
da Reportagem Local
Fabricantes e lojas de produtos ortopédicos estão aumentando suas
vendas em até 20% ao ano, impulsionados pelo avanço de doenças
como a LER (Lesão por Esforço
Repetitivo) e pelo consumo crescente de itens para descanso e práticas esportivas.
A maioria dos negócios bem-sucedidos da área tem como ponto
de partida a tática de oferecer mais
do que os tradicionais artigos para
deficientes, acidentados e idosos,
como muletas e cadeiras de rodas.
Prova disso é que os líderes de
vendas nas lojas geralmente são
itens mais modernos, como as talas imobilizadoras para as mãos,
usadas para auxiliar no tratamento da LER -também chamada de
Dort (Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho).
A Salvapé, criada há 50 anos, é
um exemplo. A marca produziu 20
mil unidades desse artigo no ano
passado. Em 1996, foram 15 mil.
"A fabricação era quase nula há
uns quatro anos", afirma Pedro
Filler, 50, sócio da empresa.
O produto, que custa cerca de R$
20, é feito em mais de dez modelos, sendo um sob medida.
O incremento das vendas tem
sua explicação no aumento de casos da doença. Segundo o Cesat
(Centro de Estudos da Saúde do
Trabalhador), a parcela de pacientes atendidos com esse distúrbio
saltou de 9,1% para 60% do total,
no período entre 1991 e 1996.
Além dos imobilizadores para as
mãos, também formam o carro-chefe das vendas as palmilhas
especiais, as meias de compressão
(para descanso ou para combater
varizes, por exemplo), as tipóias
(para apoiar o braço) e os tênis ortopédicos, que substituíram aquelas botas escuras de antigamente.
"A diversificação e a modernização dos produtos têm feito o mercado duplicar a cada três anos",
avalia Filler, que fabrica mais de
500 itens atualmente.
A alta no segmento de produtos
ortopédicos também fez com que
as lojas do ramo deixassem de
atuar somente em áreas próximas
a hospitais e clínicas, para atingir
atualmente até o público dos
shopping centers.
"Pelo fato de não termos concorrentes, conseguimos um movimento bom e regular", afirma Nilton Marzullo, 52, proprietário da
Orto-Nil, que funciona há 18 anos
no shopping Ibirapuera (zona sudoeste de São Paulo).
Segundo o empresário, que também possui uma loja em Santo
André (Grande São Paulo), as vendas estão crescendo aproximadamente 20% ao ano.
"Vamos abrir uma outra loja, no
próximo ano, em um shopping em
Higienópolis", afirma Marzullo,
que oferece mais de 1.500 itens em
suas lojas.
Onde encontrar - Orto-Nil: (011)
533-6353; Salvapé: (011) 255-1911.
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