São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001 |
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HISTÓRIA PAULISTANA Oito micro e pequenos empresários, na ativa há décadas, revelam os segredos da longevidade Negócios sobrevivem ao tempo
CYNTIA FARABOTTI DA REPORTAGEM LOCAL Atender pacientemente a clientela, dedicar-se ao negócio e só trabalhar com produtos de qualidade. Essa é a receita de sobrevivência de nove empresários que estão na ativa há mais de 40 anos. Casa Fretin (1895), Escola De Franco (1915), Ponto Chic (1922), Bar Léo (1941), Bar Brahma e Riviera (1949), La Casserole (1954), Mamed Aoas (1958) e Libanori Lustres (1959) integram uma minoria de sobreviventes. Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, apenas 44% dos pequenos negócios chegam a completar três anos de vida. "Hoje, muitos empresários só querem ganhar. Antes de embolsar o lucro, é preciso conquistar a confiança dos clientes e trabalhar com honestidade", ensina Sérgio Libanori, 65, dono da Libanori Lustres, na rua da Consolação (região central de São Paulo). A loja se especializou nos lustres, em meados da década de 60, acompanhando os vizinhos. Os clientes, então, passaram a exigir novos itens, e Libanori teve de viajar em busca de novidades. Com o que ganhava, pagou a faculdade dos quatro filhos, que hoje trabalham na loja, mas garante que a maior parte do lucro é reinvestida. "Não dá para ficar parado. Há cinco anos, por exemplo, ampliamos o estacionamento." Outro estabelecimento que faz parte da história paulistana é a Casa Fretin, tradicional no comércio de produtos médicos de ortopedia, cirurgia e laboratório. Há 106 anos no mercado, ela foi inaugurada pelo imigrante francês Louis Fretin e era frequentada pelos barões do café. Hoje, seu neto, o administrador Jean Louis, 71, afirma que o segredo da longevidade "é oferecer produtos de qualidade a preços justos". Bauru Inaugurado em 1922, o Ponto Chic investe na qualidade de seus produtos, como o bauru, criado em suas dependências. Apesar da tradição, sua matriz, no largo do Paissandu (centro), vem sofrendo com a degradação da região. Hoje, as quatro filiais movimentam R$ 4 milhões por ano. Casa Fretin: 0/xx/11/232-7156; Libanori Lustres: 0/xx/11/256-4886; Ponto Chic: 0/xx/11/222-6528. Próximo Texto: Estabelecimentos passam de pai para filho Índice |
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