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TURISMO RURAL
Investimento no ramo é variável e pode ultrapassar R$ 200 mil, se forem construídos tanques
Pesque-pague é opção mais comum
da Reportagem Local
O exemplo mais comum de turismo rural são os pesque-pague, fazendas onde as pessoas passam o
dia pescando e depois pagam pela
quantidade de peixes que conseguiram fisgar.
O investimento nesse ramo varia
muito. Se forem construídos tanques, o capital necessário pode ultrapassar os R$ 200 mil.
As propriedades com lagos naturais necessitam de investimento
menor -lanchonetes e equipamentos.
Uma das dificuldades é a legalização do negócio (veja quadro
abaixo). O engenheiro Roberto
Matsumura levou cerca de sete
meses para vencer a burocracia.
Hoje, é dono do Aquarium, em Parelheiros (zona sul de São Paulo).
"Antes, eu plantava chuchu.
Transformei a várzea onde era a
plantação no pesqueiro", conta.
Antes de montar o negócio, o engenheiro visitou outras propriedades e fez cursos de pesca. Foram
necessários dois anos para construir os lagos. O ideal é que cada
tanque tenha, no mínimo, dois
metros de profundidade.
Os peixes para abastecer o pesque-pague vêm do interior e de outros Estados. Mas o empreendedor
deve ter cuidado na hora de comprar um carregamento.
"Muitos peixes chegam doentes e
podem contaminar os outros. Por
isso, é importante deixá-los separados dos demais por algum tempo", explica Nilton Rojas, 38, biólogo do Instituto de Pesca.
Também é comum que todo o
carregamento morra depois de um
dia, devido a problemas no transporte. "Nesse caso, a única defesa
que o empreendedor tem é pedir
uma nota fiscal. Assim, ele poderá
recorrer e exigir do fornecedor seu
dinheiro de volta", afirma Rojas.
²
Oxigênio
Para oxigenar o lago, é necessário comprar um aerador -máquina com pás que giram e movimentam a água (cerca de R$ 2.000).
"Existem vários modelos. Os melhores são importados, mas existem alguns nacionais que são mais
baratos e possuem uma boa qualidade", conta Matsumura.
O proprietário do Aquarium investiu cerca de R$ 250 mil para
montar o pesqueiro. Esse valor inclui a construção dos lagos, da lanchonete, de banheiros e de um parquinho. "Também tenho uma lojinha que vende acessórios."
Matsumura não aluga varas de
pescar profissionais. "Elas são
muito fáceis de quebrar e ninguém
paga pelo prejuízo."
Nos fins-de-semana de verão, o
Aquarium chega a receber 600 pessoas. Nessa época, o lucro mensal
médio é de R$ 70 mil. "Cobro R$ 10
a entrada e entre R$ 2 e R$ 4,5 o
quilo do peixe pescado."
(VP)
²
Aquarium: (011) 520-8011; Instituto de
Pesca: (011) 3871-7553.
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