São Paulo, domingo, 30 de abril de 2000



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MERCADO

Iniciativa partiu de sindicato do setor no ES

Consórcio exporta mármore e granito

da Redação

Depois das pequenas empresas de vestuário, é a vez do setor de rochas ornamentais formar seus consórcios de exportação. A iniciativa partiu do Sindirochas (sindicato das indústrias de mármore e granito do Espírito Santo).
Como o Estado é o maior produtor dessas peças no Brasil, o sindicato está promovendo palestras para conscientizar seus associados sobre a importância de atuar no mercado externo.
"A vantagem de vender no exterior é que lá as economias são mais estáveis e não passam por oscilações bruscas", explica Ricardo Coelho de Lima, 40, superintendente do Sindirochas.

Objetivo
Os consórcios de exportação reúnem pequenos e médios empresários, em geral de um mesmo setor, aumentando seu poder de barganha para vencer os concorrentes no mercado internacional.
Juntas, essas empresas dividem os custos da divulgação de seus produtos e as despesas com o transporte das mercadorias.
Atualmente, os consórcios são apontados como uma alternativa para reverter o déficit da balança comercial brasileira.
No caso do setor de rochas ornamentais, essas associações seriam uma forma de democratizar as exportação do setor. "Hoje, existem mais de mil indústrias deste tipo no Espírito Santo, mas só 6% exportam e são todas grandes empresas", conta Lima.
De janeiro a março deste ano, as vendas de mármore e granito do Estado para o mercado internacional totalizaram cerca de US$ 22 milhões -crescimento de 28% em relação a 1999.
A intenção do Sindirochas é formar dez consórcios com dez empresas cada. Essas indústrias já exportariam as chapa polidas, que podem ser vendidas por um preço mais alto no mercado internacional do que os blocos de granito e mármore brutos.

Vestuário
Mais adiantadas, as empresas de vestuário concluem até junho a primeira fase de seu projeto de exportação. "Até lá, teremos 16 consórcios formados. Hoje, já existem 10 registrados e formalizados", conta Leda Oliveira, coordenadora do projeto na Abravest (Associação Brasileira das Empresas de Vestuário).
A partir daí, tem início a segunda etapa do projeto, que prevê a formação de mais 32 consórcios até julho de 2001. Nesta fase, serão contemplados os Estados que ainda não possuem associações, como Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraíba.
O setor de vestuário foi o primeiro a formar organizações de pequenas empresas para vender no exterior. Neste ano, o consórcio de moda infantil de São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo) fechou um contrato de US$ 1,2 milhão com a cadeia norte-americana Wal-Mart.
Na Fenit (Feira Internacional da Indústria Têxtil), que acontece de 27 a 30 de junho, os consórcios dividirão um estande. "Estamos convidando vários compradores internacionais para o evento", diz Leda. (VINÍCIUS PRECIOSO)


Para participar - Abravest: 0/xx/11/ 3887-4500; Sindirochas: 0/xx/27/521-6144.



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