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MERCADO
Iniciativa partiu de sindicato do setor no ES
Consórcio exporta
mármore e granito
da Redação
Depois das pequenas empresas
de vestuário, é a vez do setor de
rochas ornamentais formar seus
consórcios de exportação. A iniciativa partiu do Sindirochas (sindicato das indústrias de mármore
e granito do Espírito Santo).
Como o Estado é o maior produtor dessas peças no Brasil, o
sindicato está promovendo palestras para conscientizar seus associados sobre a importância de
atuar no mercado externo.
"A vantagem de vender no exterior é que lá as economias são
mais estáveis e não passam por
oscilações bruscas", explica Ricardo Coelho de Lima, 40, superintendente do Sindirochas.
Objetivo
Os consórcios de exportação
reúnem pequenos e médios empresários, em geral de um mesmo
setor, aumentando seu poder de
barganha para vencer os concorrentes no mercado internacional.
Juntas, essas empresas dividem
os custos da divulgação de seus
produtos e as despesas com o
transporte das mercadorias.
Atualmente, os consórcios são
apontados como uma alternativa
para reverter o déficit da balança
comercial brasileira.
No caso do setor de rochas ornamentais, essas associações seriam uma forma de democratizar
as exportação do setor. "Hoje,
existem mais de mil indústrias
deste tipo no Espírito Santo, mas
só 6% exportam e são todas grandes empresas", conta Lima.
De janeiro a março deste ano, as
vendas de mármore e granito do
Estado para o mercado internacional totalizaram cerca de US$
22 milhões -crescimento de
28% em relação a 1999.
A intenção do Sindirochas é formar dez consórcios com dez empresas cada. Essas indústrias já
exportariam as chapa polidas,
que podem ser vendidas por um
preço mais alto no mercado internacional do que os blocos de granito e mármore brutos.
Vestuário
Mais adiantadas, as empresas
de vestuário concluem até junho a
primeira fase de seu projeto de exportação. "Até lá, teremos 16 consórcios formados. Hoje, já existem 10 registrados e formalizados", conta Leda Oliveira, coordenadora do projeto na Abravest
(Associação Brasileira das Empresas de Vestuário).
A partir daí, tem início a segunda etapa do projeto, que prevê a
formação de mais 32 consórcios
até julho de 2001. Nesta fase, serão
contemplados os Estados que ainda não possuem associações, como Bahia, Paraná, Mato Grosso
do Sul e Paraíba.
O setor de vestuário foi o primeiro a formar organizações de
pequenas empresas para vender
no exterior. Neste ano, o consórcio de moda infantil de São José
do Rio Preto (451 km a noroeste
de São Paulo) fechou um contrato
de US$ 1,2 milhão com a cadeia
norte-americana Wal-Mart.
Na Fenit (Feira Internacional da
Indústria Têxtil), que acontece de
27 a 30 de junho, os consórcios dividirão um estande. "Estamos
convidando vários compradores
internacionais para o evento", diz
Leda.
(VINÍCIUS PRECIOSO)
Para participar - Abravest: 0/xx/11/
3887-4500; Sindirochas: 0/xx/27/521-6144.
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