Fundada em 1680, Colônia do Sacramento atrai pela história

Colônia do Sacramento foi fundada por portugueses em 1680, num ponto estratégico na margem oriental do rio da Prata. Na margem oposta está Buenos Aires, a cerca de 45 km e acessível por barco -a viagem dura uma hora.

Colônia do Sacramento é patrimônio cultural da humanidade da Unesco. A cidade foi um enclave comercial e militar disputado por Portugal e pela Espanha em guerras e tratados até o início do século 19, e ainda conserva um traçado urbano antigo, com parte da muralha que a protegia remanescente.

Oito museus preservam a memória secular da cidade e podem ser visitados com um único ingresso (que custa 50 pesos uruguaios, R$ 4,60). O Museu do Período Histórico Português, instalado numa casa portuguesa do século 18, tem como destaque uma coleção cartográfica. O Museu Casa Nacarello também funciona numa casa colonial portuguesa e tem uma particularidade: o prédio, com paredes de pedra e piso originais, recria o interior de uma típica casa do século 18.

Há ainda o Museu do Período Histórico Espanhol, que conta a trajetória das famílias espanholas que chegaram a Colônia do Sacramento no século 18, quando a cidade passou ao domínio da Espanha.

No Museu e Arquivo Histórico Regional, uma das salas homenageia Hipólito José da Costa, que nasceu em Colônia do Sacramento em 25 de março de 1774 e criou, em 1808 em Londres, o "Correio Braziliense", jornal pioneiro da imprensa brasileira.

No Museu do Azulejo, há uma coleção que pertenceu ao artista plástico uruguaio Jorge Paéz Vilaró (irmão do pintor e escultor Carlos Paez Vilaró, que criou a Casapueblo, em Punta del Este). A história dos povos indígenas que habitaram o Uruguai -e, de certa maneira, de seu extermínio- é contada por objetos no Museu Indígena Roberto Banchero, instalado numa casa do final do século 19.

Há também dois museus dedicados à arqueologia e à paleontologia: o Museu Municipal dr. Bautista Rebuffo e o Museu Paleontológico Armando Calcaterra.

Mas não só de história vive Colônia do Sacramento. As praias, às margens do rio da Prata, são de águas calmas. Do alto do farol do século 19 que domina a cidade, é possível avistar ao longe, em dias ensolarados, a silhueta dos arranha-céus de Puerto Madero, em Buenos Aires (à noite avista-se o clarão portenho iluminando o horizonte).