Hanói tem lagos e pode ser facilmente explorada a pé

Embora seja a segunda maior cidade do país, atrás de Ho Chi Minh, Hanói pode ser facilmente explorada a pé. O lago Hoan Kiem, ou lago da Espada Restituída, é um excelente ponto de partida.

Sobre suas águas estão atrações como o templo da Montanha de Jade, um reduto espiritual no coração da cidade, e a graciosa Huc (ponte do Raio do Sol), que dá acesso ao santuário.

Seguindo em direção ao norte, vale a pena se perder pelas ruas do Bairro Antigo, onde há toda a sorte de produtos, de guloseimas e bebidas a calçados e artesanato. Ao lado das incontáveis agências turísticas surgem as lojas de roupas "made in Vietnam", nas quais as grifes ocidentais são vendidas a preços para lá de atraentes.

Depois de bater perna no Bairro Antigo, uma boa pedida é comer o pho, a sopa de macarrão com fatias de carne e cebolinha verde, nos restaurantes da rede Pho 24 (www.pho24.com.vn).

Para fechar o dia, o teatro Thang Long de Marionetes na Água, próximo ao lago Hoan Kiem, exibe o tradicional espetáculo em vários horários, mas é melhor comprar os ingressos com antecedência, pois eles costumam acabar durante o dia -sobretudo para as apresentações noturnas.

A FILA ANDA

Um pouco afastado do centro está o mausoléu de Ho Chi Minh (1890-1969), onde o corpo do líder revolucionário se encontra embalsamado. O local tem policiamento intensivo, e os turistas são postos em fila indiana para entrar na sala onde está o cadáver.

Dentro dela, a visita é rápida e envolta numa atmosfera de reverência: seguindo um tapete vermelho que circunda o corpo, os visitantes mais lentos são logo advertidos pelos guardas. No complexo do mausoléu estão também a palafita e o museu de Ho Chi Minh, dois momentos para conhecer melhor a história do homem que pedira em vida para ser cremado ao morrer.

Nas redondezas, o templo da Literatura, erguido em 1070 para homenagear o filósofo chinês Confúcio, tem pátios, salas e altares bem conservados, com destaque ao templo dedicado ao pensador.

Atrás do complexo está o museu de Belas Artes, localizado num prédio de estilo colonial, cujo acervo apresenta de relíquias da pré-história a telas contemporâneas.

Com tempo, visite o museu da Prisão Hoa Lo. Construída pelos franceses em 1896 para receber presos políticos, ela ganhou notoriedade na Guerra do Vietnã, quando pilotos norte-americanos encarcerados a apelidaram de Hanói Hilton.

Daquela época só restaram alguns corredores e celas, mas a trilha sonora macabra do passeio dá um aperitivo do que ocorria naqueles tempos. Se parecem distantes aos olhos de quem não os viveu, brilham como tinta fresca na história da capital milenar.