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Delicie-se com macaxeira, queijo de coalho e tapiocas

Circuito gastronômico regional e boêmio se estabelece no centro histórico

Entre os locais estão o conceituado Oficina do Sabor, o Flor de Coco, a Casa da Noca e o francês Maison do Bonfim

DO ENVIADO A OLINDA

Os bares e restaurantes das ruas do centro histórico de Olinda, com epicentro na rua do Amparo, já constituem um estabelecido circuito pela boemia e culinária regional.

A começar pelo obrigatório Oficina do Sabor (oficinadosabor.com), conceituado restaurante capitaneado pelo chef César Santos, que está comemorando 20 anos de sua inauguração com um festival de frutos do mar.

Como entrada vale pedir um tenro naco de queijo de coalho assado com alho em lâminas e azeite. Mas a especialidade da casa são mesmo as opções de jerimum recheado, com lagostim, camarão, polvo, bacalhau, linguiça, frango ou charque. Para duas pessoas, os preços vão de R$ 46 (com frango) a R$ 92 (com lagostim, ao coco ou com creme de manga).

Dois restaurantes associados à pousada do Amparo (pousadadoamparo.com.br) também estão firmes no circuito. O Beijupirá (beijupiraolinda.com.br), filial da casa de Porto de Galinhas (PE), tem ambiente sofisticado e vistas dos telhados e fachadas da rua do Amparo.

Seus pescados e frutos do mar, em inventivas misturas (ou mixira, "mistura" em tupi, como a casa denomina sua culinária), quase sempre aromatizadas com frutas típicas, são o carro-chefe.

Já o romântico Flor do Coco está situado no casarão principal da pousada, do outro lado da rua, e tem vista para a piscina e a mata.

PRATO ÚNICO

Reserve ainda (bastante) espaço no estômago para uma visita à improvável Casa de Noca. Recomendado por muitos olindenses e recifenses como um segredo que já deixou de ser segredo, o restaurante fica no quintal de uma casa escondida numa pacata rua aos pés da ladeira da Misericórdia.

O ambiente simples, com mesas e cadeiras de plástico, acomoda a clientela que vem em busca do único prato servido: uma monumental camada de macaxeira (aipim) com carne de sol e queijo de coalho, que já se tornou um clássico de Olinda.

Custa R$ 20 por pessoa. Sem falsa modéstia, a casa diz ter a "melhor macaxeira do mundo". Mesmo sem ter provado todas que existem, é difícil discordar.

Outras opções no centro incluem o italiano Don Francesco e o bufê do Patuá.

Ainda nessa área está o francês Maison do Bonfim, da pernambucana Lou Melo e do franco-britânico Jeff Colas. A casa reúne inúmeros artistas da cidade e suas paredes estão permanentemente repletas de pinturas, com exposições constantes.

No meio da tarde, as barracas montadas no Alto da Sé vendem outra delícia típica, as tapiocas. Salgadas ou doces, são uma tentação para o lanche de fim de tarde, depois de tanto sobe e desce pelas ladeiras da cidade.

Peça a de queijo de coalho ou a de leite condensado com coco. Entra as famosas, estão as preparadas na Tapioca da Vovó, no pátio da loja de artesanato Ecological.

Para finalizar, não enrubesça -ou se quer estranhe- quando os nativos jocosamente lhe perguntarem se você já provou do Pau-do-Índio. Não passa de uma bebida artesanal típica olindense, cuja receita, tida como secreta, tem cachaça, guaraná e outros 30 ingredientes.

(PEDRO CARRILHO)

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