|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em San Telmo, é preciso cuidado com o "$"
DO ENVIADO ESPECIAL
Ideal para um fim de semana
prolongado, a viagem a Buenos
Aires é mais rica quando se visita,
na manhã de domingo, a partir
das 10h, a feirinha de pulgas de
San Telmo, na praça Dorrego, entre as ruas Defensa, Carlos Calvo e
Humberto Primo.
"As pessoas não têm mais o que
vender", diz uma comerciante local, para argumentar que um prato desparceirado de porcelana de
Sèvres, com seu inconfundível
tom azul e ornamentação dourada, estava barato a US$ 20.
Pechinchar é o esporte nessa
imensa babel de antiguidades, onde convém tomar cuidado com o
truque do "$" -os preços devem
estar marcados e refletir valor em
pesos, não em dólares.
Se você não quer gastar muito,
com faro e paciência dá para descobrir objetos interessantes e fazer bons negócios -se bem que,
o que é bom, não sai de graça.
Há de tudo: objetos de vidro e
cristal, quinquilharias metálicas e
brinquedos antigos que valem
um punhado de pesos.
Mas há também um comerciante de gravuras autênticas, Enrique
Martinez, membro da Imcos (International Map Collector's Society), que tinha à venda na semana passada um mapa do Brasil de
Van Loon, do século 17, por cerca
de US$ 2.000 -uma pechincha
para padrões internacionais.
O "investidor" fará negócios
com mais segurança ao redor da
feira, nos antiquários da rua Defensa (por exemplo, Luis, no número 1.186, e Norberto Medrano,
na altura do 1.124). Já na rua
Humberto Primo, 462, o "platero" Marcelo Toledo faz objetos de
prata 925, que são belos, mas não
primam pelos preços baixos.
(SC)
Texto Anterior: Pacotes, por pessoa em quarto duplo Próximo Texto: Argentinos fazem chiste sobre crise atual Índice
|