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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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PERU

Turismo ameaça Machu Picchu

DA REDAÇÃO

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) pode colocar o mais famoso sítio inca na lista dos patrimônios em perigo. A entidade emitirá um relatório em janeiro, recomendando o controle de visitas e algumas mudanças no gerenciamento de Machu Picchu e das trilhas incas, no Peru.
O sítio recebe cerca de 2.000 visitantes por dia, e esse número vem crescendo 6% a cada ano. Para muitos, o caos da cidade, onde tem sido construídos novos hotéis e ruas, é decorrente da falta de planejamento. Na última década, o número de moradores passou de 500 pessoas para mais de 4.000 habitantes. Outro motivo de crítica é o descaso com que o turismo no local está sendo operado.
A Unesco diz que o número de visitantes deveria ser reduzido para 800 pessoas. Recomenda também o uso de calçados leves para reduzir a pressão sobre as ruínas.
O Instituto Nacional de Cultura do Peru, que controla as trilhas incas e o dia-a-dia no sítio, diz que Machu Picchu pode receber até 3.000 turistas por mês.
Cerca de 1.500 pessoas andam sobre a trilha inca de 500 anos diariamente. Mas estudos feitos pelo órgão responsável pelo gerenciamento de Machu Picchu diz que o número de visitantes deve ser reduzido para 300 por dia, caso contrário, a trilha não sobreviverá.
Do século 8º ao século 15, os incas dominaram a região, que se estendia da Colômbia ao norte da Argentina. No coração do império inca, Machu Picchu foi provavelmente o santuário do imperador Pachacutec. A civilização inca se rendeu aos conquistadores espanhóis em cinco anos. Mas Machu Picchu nunca caiu nas mãos dos invasores europeus. Escondido no meio da floresta por centenas de anos, o complexo só foi descoberto em 1911 pelo americano Hiran Bingham.


Com agências internacionais.


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