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Prédios históricos se espremem entre os novos
e free-lance para a Agência Folha
Prestes a completar 226 anos,
em março, Porto Alegre preserva
poucos sinais de seu passado. Os
edifícios antigos estão espremidos entre novas construções no
centro da cidade.
Nos últimos tempos, porém, a
preservação do patrimônio histórico passou a receber mais
atenção de autoridades e empresários. Vários edifícios foram
restaurados. O caso mais recente
é o do Mercado Público, fundado
em 1869.
O Chalé da Praça 15, restaurante inaugurado no século passado, será recuperado, e o edifício
onde funcionavam os Correios e
Telégrafos se transformará no
Memorial Político do Estado.
Para auxiliar o visitante, parte
da frota de quase 4.000 táxis é
formada por motoristas que receberam treinamento sobre turismo na cidade. Eles podem ser
identificados por um selo colado
no vidro dos carros.
A seguir, os principais pontos e
passeios para conhecer um pouco da cidade.
MERCADO PÚBLICO - A centenária construção neoclássica ganhou um interior moderno depois da reforma, concluída no
ano passado.
Nele, o visitante pode comprar
a tradicional erva-mate para o
chimarrão, tomar sorvete ou comer salada de frutas. É um bom
ponto de partida para o city tour.
CASA DE CULTURA MARIO
QUINTANA - A algumas quadras
do Mercado Público, na rua dos
Andradas, apelidada de rua da
Praia, fica o centro cultural que
hoje abriga salas de cinema, teatro, música, artes e cafés.
Em décadas passadas, funcionava no local o hotel Majestic,
onde morou o poeta Mario
Quintana e se hospedou o então
desconhecido cantor baiano
João Gilberto.
USINA DO GASÔMETRO - No
final da rua da Praia, às margens
do Guaíba, está a antiga usina
que hoje funciona como centro
cultural.
Sua chaminé de 117 metros é
um dos símbolos locais. A usina
deve ser visitada no final da tarde, para que o turista possa
acompanhar o pôr-do-sol, considerado o mais belo do mundo
pelos porto-alegrenses.
PRAÇA DA MATRIZ - A praça,
que se chama na realidade Marechal Deodoro, tem de um lado o
Theatro São Pedro e de outro a
catedral Metropolitana, em estilo renascentista.
Sua cúpula tem 74 metros de
altura e 18 metros de largura e é
considerada uma das maiores do
mundo. Fundado em 1858, o São
Pedro passou por uma reforma
há mais de dez anos e tornou-se
uma das melhores casas de espetáculo do país. Ao lado da catedral fica o Palácio Piratini, sede
do Executivo.
PASSEIO DE BARCO PELO RIO
GUAÍBA - Os barcos Cisne Branco e Noiva do Caí percorrem o
Guaíba saindo, respectivamente,
do portão central do cais do porto e da Usina do Gasômetro. É
uma boa forma de contemplar o
perfil da cidade e, do lado oposto, as ilhas do Guaíba.
ZONA SUL - Uma outra maneira de ter contato com o rio é visitar a zona sul. No bairro Ipanema, há um calçadão e uma ciclovia, além de vários bares na orla
do Guaíba.
BRIQUE DA REDENÇÃO - Feira
de antiguidades e artesanato realizada há 20 anos aos domingos
na avenida José Bonifácio, ao lado do parque Farroupilha, também conhecido como da Redenção. Os frequentadores passeiam
tomando chimarrão e, nas conversas, mantêm a tradição das
gírias locais, como o "trilegal".
MORRO SANTA TERESA - Conhecido como morro da TV, fica
próximo ao centro e permite
uma vista panorâmica de parte
da cidade. Do centro, saem ônibus e uma linha de lotação para o
alto do morro.
PARQUE MOINHOS DE VENTO
- Como quase todos os espaços
abertos da cidade, esse também
tem seu apelido: Parcão. Fica no
coração do bairro Moinhos de
Vento e é o preferido de muitos
para caminhadas. A cidade possui 501 praças e é a capital brasileira com maior área verde por
habitante (15,83 m2), segundo a
prefeitura.
(CAS e SH)
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