São Paulo, segunda, 2 de fevereiro de 1998

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Prédios históricos se espremem entre os novos

e free-lance para a Agência Folha

Prestes a completar 226 anos, em março, Porto Alegre preserva poucos sinais de seu passado. Os edifícios antigos estão espremidos entre novas construções no centro da cidade.
Nos últimos tempos, porém, a preservação do patrimônio histórico passou a receber mais atenção de autoridades e empresários. Vários edifícios foram restaurados. O caso mais recente é o do Mercado Público, fundado em 1869.
O Chalé da Praça 15, restaurante inaugurado no século passado, será recuperado, e o edifício onde funcionavam os Correios e Telégrafos se transformará no Memorial Político do Estado.
Para auxiliar o visitante, parte da frota de quase 4.000 táxis é formada por motoristas que receberam treinamento sobre turismo na cidade. Eles podem ser identificados por um selo colado no vidro dos carros.
A seguir, os principais pontos e passeios para conhecer um pouco da cidade.

MERCADO PÚBLICO - A centenária construção neoclássica ganhou um interior moderno depois da reforma, concluída no ano passado.
Nele, o visitante pode comprar a tradicional erva-mate para o chimarrão, tomar sorvete ou comer salada de frutas. É um bom ponto de partida para o city tour.
CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA - A algumas quadras do Mercado Público, na rua dos Andradas, apelidada de rua da Praia, fica o centro cultural que hoje abriga salas de cinema, teatro, música, artes e cafés.
Em décadas passadas, funcionava no local o hotel Majestic, onde morou o poeta Mario Quintana e se hospedou o então desconhecido cantor baiano João Gilberto.

USINA DO GASÔMETRO - No final da rua da Praia, às margens do Guaíba, está a antiga usina que hoje funciona como centro cultural.
Sua chaminé de 117 metros é um dos símbolos locais. A usina deve ser visitada no final da tarde, para que o turista possa acompanhar o pôr-do-sol, considerado o mais belo do mundo pelos porto-alegrenses.

PRAÇA DA MATRIZ - A praça, que se chama na realidade Marechal Deodoro, tem de um lado o Theatro São Pedro e de outro a catedral Metropolitana, em estilo renascentista.
Sua cúpula tem 74 metros de altura e 18 metros de largura e é considerada uma das maiores do mundo. Fundado em 1858, o São Pedro passou por uma reforma há mais de dez anos e tornou-se uma das melhores casas de espetáculo do país. Ao lado da catedral fica o Palácio Piratini, sede do Executivo.

PASSEIO DE BARCO PELO RIO GUAÍBA - Os barcos Cisne Branco e Noiva do Caí percorrem o Guaíba saindo, respectivamente, do portão central do cais do porto e da Usina do Gasômetro. É uma boa forma de contemplar o perfil da cidade e, do lado oposto, as ilhas do Guaíba.

ZONA SUL - Uma outra maneira de ter contato com o rio é visitar a zona sul. No bairro Ipanema, há um calçadão e uma ciclovia, além de vários bares na orla do Guaíba.

BRIQUE DA REDENÇÃO - Feira de antiguidades e artesanato realizada há 20 anos aos domingos na avenida José Bonifácio, ao lado do parque Farroupilha, também conhecido como da Redenção. Os frequentadores passeiam tomando chimarrão e, nas conversas, mantêm a tradição das gírias locais, como o "trilegal".

MORRO SANTA TERESA - Conhecido como morro da TV, fica próximo ao centro e permite uma vista panorâmica de parte da cidade. Do centro, saem ônibus e uma linha de lotação para o alto do morro.

PARQUE MOINHOS DE VENTO - Como quase todos os espaços abertos da cidade, esse também tem seu apelido: Parcão. Fica no coração do bairro Moinhos de Vento e é o preferido de muitos para caminhadas. A cidade possui 501 praças e é a capital brasileira com maior área verde por habitante (15,83 m2), segundo a prefeitura. (CAS e SH)



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