Praia de pedras com águas bem geladas é uma das paradas do segundo dia, que desvela do deserto à costa

DO ENVIADO ESPECIAL À NAMÍBIA

No segundo dia da viagem, logo pela manhã, o piloto-guia André Schoeman acorda os visitantes com sua voz tranquila: "Good morning. Do you want coffee or tea?" (Bom dia, vocês preferem café ou chá?), pergunta, com sotaque carregado.
O café da manhã é servido: pão fresco cozido com carnes, queijos, iogurtes, mingau de milho e cereais.
A excursão começa a pé em torno do acampamento e percorre uma colina de arenito em que há registros da presença do chamado bushmen, povo nômade que habitava a região há centenas de anos.
As gravuras rupestres mais antigas do mundo estão escondidas entre as pedras dentro de uma caverna no alto da colina. O passeio dura duas horas. De volta ao acampamento, é preciso se preparar para novo voo.
O avião deixa o Kuidas Camp para voltar à costa dos Esqueletos. Agora, a parada é na praia formada por pedras de ágata, lava, granito e quartzo. A água do litoral namibiano é gelada. São poucos os que se aventuram a dar um mergulho.
Minutos após o relaxamento à beira-mar, jipes chegam para levar o visitante até as dunas da região da baía Terrace. As montanhas de areia formam inúmeras curvas no horizonte e escondem enormes depressões. Os jipes descem as encostas dessas depressões de forma íngreme, no estilo "com emoção".
Outra atração é uma cratera de areia em cujas laterais os turistas escorregam sentados diretamente sobre o chão: a fricção do corpo com a areia provoca um forte zumbido e a sensação de pequenos tremores.
É fim de tarde, e o tour segue para o Purus Camp, no coração da região de Kunene, acessível apenas via aérea. O avião sobrevoa as dunas que, a essa hora do dia, já parecem um mar laranja.
O sol começa a se esconder, e uma chuva surpreende a excursão: o pouso será num terreno descampado e com pouquíssima visibilidade. Tudo termina bem, com jantar à luz de uma fogueira e um céu que chega a abraçar o visitante. (DV)


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