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GRÉCIA
Preços altos, greves no setor hoteleiro e temor de atentados atrapalham desempenho turístico durante os jogos
Atenas vive queda no turismo apesar da Olimpíada
DA REDAÇÃO
Apesar de a Olimpíada ser um
evento associado ao crescimento
do turismo no país que a abriga, a
Grécia está a caminho de uma
temporada decepcionante, segundo a associação grega de empresas de turismo.
O país enfrenta problemas de
segurança, há hotéis cobrando
diárias altas e funcionários da rede hoteleira em greve.
Representantes do governo
chamaram a atenção para dois fatores que têm afastado os turistas:
o aumento abusivo dos preços e a
imagem da Grécia como um destino tradicionalmente caro.
Hotéis da capital setuplicaram
preços para faturar. Os altos preços podem difamar o turismo no
país, uma vez que a Grécia corre o
risco de ficar estigmatizada como
destino supercaro.
No primeiro semestre deste
ano, o número de turistas na Grécia foi considerado baixo. A queda anual pode chegar a 8% em relação a 2003, quando o país recebeu 14 milhões de visitantes.
Estima-se que a redução de turistas represente 20 mil empregos
a menos, perdas de cerca de 800
milhões e uma queda de 0,7% no
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). O turismo responde
por 18% do PIB grego, e o plano
do governo prevê que o setor seja
responsável por de 35% a 40% do
PIB até 2010.
Para piorar a situação, o país vive sob a iminência de greve dos
trabalhadores de hotéis. Os funcionários do ramo hoteleiro de
Atenas planejam uma greve nesta
quarta-feira e ameaçam fazer paralisações durante os jogos, se as
demandas por bônus ou aumentos salariais não forem atendidas.
Médicos e funcionários do transporte público também fizeram
paralisações para pedir um extra.
No começo de julho, os empregados de hotéis de Atenas cruzaram os braços por 24 horas. Os
donos de hotéis, porém, dizem
que a greve só afeta hotéis de luxo.
Como se não bastasse essa lista
de problemas, a Grécia ainda é
questionada quanto à segurança
durante os jogos. A apreensão é
gerada por essa ser a primeira
Olimpíada pós-11 de Setembro.
A principal discussão é sobre a
participação de forças de outros
países para garantir a segurança
dos atletas. O assunto voltou à tona depois de uma matéria publicada no "New York Times" afirmando que Atenas faria vista
grossa para guardas estrangeiros
armados.
"Não haverá Exército internacional nas ruas, não haverá Exército americano, Exército francês,
nada", disse Georges Voulgarakis,
ministro da Ordem Pública.
A Grécia, membro da Otan
(aliança militar ocidental), pediu
ajuda à aliança para combater um
eventual ataque e para auxiliar
nas patrulhas aérea e marítima.
O esquema de segurança dos jogos gregos é o mais caro da história das Olimpíadas, com investimentos de cerca de 10 bilhões.
O país recusou pedidos de países como EUA, Austrália e Israel,
que queriam levar tropas para os
jogos. A exceção para a presença
de guarda internacional armada
diz respeito a chefes de Estado.
"Líderes de países têm protocolos específicos não relacionados à
Olimpíada", disse Voulgarakis.
Para completar, um Zeppelin
que integra o sistema de segurança tornou-se mais um problema.
A decolagem do dirigível falhou
duas vezes. Mas, agora ele sobrevoa a cidade cheio de aparatos de
transmissão de dados.
Com agências internacionais
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