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CORÉIA DO NORTE
Operadora iniciou tours há seis anos
Visitante não pode levar binóculos nem celulares ao país comunista
DA REUTERS
Sem máquina fotográfica com
lentes poderosas, sem telefones
celulares e, certamente, sem críticas à política do governo ou à economia. Essas são algumas das regras a serem seguidas pelos interessados em visitar a Coréia do
Norte, provavelmente o país mais
secreto e controlado do mundo.
Há seis anos, a empresa sul-coreana Hyundai Asan começou a
operar pacotes ao monte Kumgang, localizado no lado norte da
fronteira entre entre as duas Coréias, depois que a área foi designada zona especial de turismo pelo país comunista.
Embora cerca de 700 mil pessoas tenham ido para Kumgang
desde o início dos tours, as coisas
não ficaram mais fáceis.
Em 1999, uma sul-coreana foi
detida por uma semana após sugerir ao guia de turismo norte-coreano que as condições de vida
em seu país eram melhores. Por
causa disso, as viagens foram suspensas por duas semanas até que
a situação fosse resolvida.
"É muito difícil administrar o
turismo na Coréia do Norte, mas
é preciso considerar que esse projeto marca o início de algo muito
maior entre as duas Coréias", disse Kim Yoon-kyu, diretor-executivo da Hyundai Asan durante a
recente abertura do hotel Kumgangsan, que tem 167 quartos.
Kim estava se referindo à crença
dos sul-coreanos de que a cooperação na área de negócios é a chave para resolver as tensões políticas entre os dois países, que ainda
estão tecnicamente em guerra.
Os primeiros cruzeiros trazendo turistas da Coréia do Sul a
Kumgang foram inicialmente
confrontados por embarcações
da marinha norte-coreana, que
não sabia exatamente quem teria
o direito de passagem.
Um guia voltado para os turistas
que vão ao monte Kumgang inclui uma lista de itens proibidos,
como binóculos, celulares, câmeras fotográficas com lentes de
mais de 160 mm e vídeos com
zoom de 24 vezes ou mais.
O turismo por terra foi aberto
no ano passado na zona desmilitarizada, a última fronteira da
Guerra Fria no mundo.
Na Coréia do Norte, as estradas
pelas quais o tour passa são geralmente longe das cidades. A cada
90 metros, há soldados em guarda. Aconselha-se não beber muita
água nas trilhas do Kumgang,
pois só é permitido usar banheiros públicos. Sua utilização pode
custar US$ 4 por vez.
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