São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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BALANÇA, MAS NÃO CAI

Acrópole, Plaka e museu arqueológico glorificam Atenas

Para viajantes que dispõem de pouco tempo em terra, capital grega tem atrações tradicionais e infalíveis

DO ENVIADO ESPECIAL

Para os atenienses de primeira viagem, em 24 horas na cidade não vale arriscar roteiros inusitados. A Acrópole (00/ xx/30/210/923-8175, 12, R$ 31), o Museu Arqueológico Nacional (www.culture.gr; 7, R$ 19) e o bairro Plaka são atrações que infalivelmente validam a ida à capital grega.
Caso sobre tempo (difícil, se o acervo do museu arqueológico, de mais de 20 mil peças, for bem explorado), vale também passear pela Ágora Antiga, palco do cotidiano público da cidade no seu ápice. As escavações que revelaram a Ágora Antiga só começaram em 1930. O ingresso, o tíquete para o complexo arqueológico de Atenas, é o mesmo da Acrópole.
O repórter trocou uma das três cartas altas (o museu) por um curinga (o mercado central) e não se deu bem.
De pessoas que visitaram o museu, ouviu relatos entusiasmados. Lá está, por exemplo, a máscara de Agamenon.
Já o mercado, que abre pela manhã e perde fôlego no meio da tarde, não leva mais que cinco minutos para decepcionar. As tradicionais carnes de porco e de carneiro gregas são vendidas a poucos euros, mas é apenas isso. Não há restaurantes em ebulição, boa vontade entre os vendedores e muita chance de o turista ter onde assar as carnes depois de comprá-las.
Nessa questão, aliás, mais vale provar o verdadeiro churrasquinho grego, o gyros, servido em um pão macio, o pita, com carne geralmente de porco ou de frango acompanhada de cebola, tomate e molho de iogurte. Também tipicamente grego é o ouzo, bebida à base de anis.

Muitas lojas
Os dois produtos são facilmente encontrados pelas ruas da capital, inclusive em Plaka, bairro ateniense antigo. A Grécia, ao se tornar independente da ocupação turca, em 1833, era somente um pequeno povoado concentrado ali.
Ruas estreitas, labirínticas e estilosas guardam restaurantes e lojas, muitas lojas. Os restaurantes, do tipo taverna, têm refeições por cerca de 15 (R$ 40) por pessoa.
As lojas, as muitas lojas (homens, relevai), algumas de marcas do "mainstream" mundial, como na rua Adrianou, vendem calçados, casacos, jóias e, claro, uma infinidade de suvenires gregos, que vão de postais sexuais engraçadinhos a estátuas da mitologia e cabeças marmóreas de filósofos.
Da Acrópole não se aproveita apenas o hambúrguer à venda na sua saída, produto que já deve ter estourado o contador de desavisados enganados, 6, R$ 15,70 por um pedaço de carne encolhido no meio de um pão seco. E não adianta reclamar.
Em uma montanha, a 156 metros de altura, a Acrópole teve Péricles como incentivador, no século 5º a.C., dá vista panorâmica para Atenas e, em 2008, deve ver aberto seu novo museu (leia mais nesta página).
Há vestígios de povoamento que remontam a 3000 a.C. Em 161 a.C. foi construído o teatro de Herodes Ático, hoje palco de espetáculos ao ar livre.
Anterior ao teatro, o Partenon foi edificado por Fídias (leia mais sobre o arquiteto grego na pág. F11) a partir de 447 a.C., e hoje segue repleto de andaimes, na sua duradoura restauração. Outro ponto fundamental da Acrópole é o santuário de Erecteion, que no pórtico sul conta com as Cariátides, colunas em forma de mulher -cópias, no caso: as originais estão a poucos metros dali, no museu ao lado do Partenon.

Sebo grego
Para o turista com mais tempo, vale conhecer a região de Monastiraki, tipicamente grega e próxima da Ágora.
Também nessa área, o centro da cidade, há um mercado de pulgas. Passeando à toa o visitante entra em um beco e se depara com uma loja de vinis e uma escada. De repente está em um sebo entulhado como poucos, um espaço exíguo com milhares de livros -a maioria em grego, muitos em inglês, alguns mais que centenários. (TM)


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