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BALANÇA, MAS NÃO CAI
Acrópole, Plaka e museu arqueológico glorificam Atenas
Para viajantes que dispõem de pouco tempo em terra, capital grega tem atrações tradicionais e infalíveis
DO ENVIADO ESPECIAL
Para os atenienses de primeira viagem, em 24 horas na cidade não vale arriscar roteiros
inusitados. A Acrópole (00/
xx/30/210/923-8175, 12, R$
31), o Museu Arqueológico Nacional (www.culture.gr; 7,
R$ 19) e o bairro Plaka são atrações que infalivelmente validam a ida à capital grega.
Caso sobre tempo (difícil, se
o acervo do museu arqueológico, de mais de 20 mil peças, for
bem explorado), vale também
passear pela Ágora Antiga, palco do cotidiano público da cidade no seu ápice. As escavações que revelaram a Ágora Antiga só começaram em 1930. O
ingresso, o tíquete para o complexo arqueológico de Atenas, é
o mesmo da Acrópole.
O repórter trocou uma das
três cartas altas (o museu) por
um curinga (o mercado central) e não se deu bem.
De pessoas que visitaram o
museu, ouviu relatos entusiasmados. Lá está, por exemplo, a
máscara de Agamenon.
Já o mercado, que abre pela
manhã e perde fôlego no meio
da tarde, não leva mais que cinco minutos para decepcionar.
As tradicionais carnes de porco
e de carneiro gregas são vendidas a poucos euros, mas é apenas isso. Não há restaurantes
em ebulição, boa vontade entre
os vendedores e muita chance
de o turista ter onde assar as
carnes depois de comprá-las.
Nessa questão, aliás, mais vale provar o verdadeiro churrasquinho grego, o gyros, servido
em um pão macio, o pita, com
carne geralmente de porco ou
de frango acompanhada de cebola, tomate e molho de iogurte. Também tipicamente grego
é o ouzo, bebida à base de anis.
Muitas lojas
Os dois produtos são facilmente encontrados pelas ruas
da capital, inclusive em Plaka,
bairro ateniense antigo. A Grécia, ao se tornar independente
da ocupação turca, em 1833, era
somente um pequeno povoado
concentrado ali.
Ruas estreitas, labirínticas e
estilosas guardam restaurantes
e lojas, muitas lojas. Os restaurantes, do tipo taverna, têm refeições por cerca de 15 (R$
40) por pessoa.
As lojas, as muitas lojas (homens, relevai), algumas de
marcas do "mainstream" mundial, como na rua Adrianou,
vendem calçados, casacos, jóias
e, claro, uma infinidade de suvenires gregos, que vão de postais sexuais engraçadinhos a
estátuas da mitologia e cabeças
marmóreas de filósofos.
Da Acrópole não se aproveita
apenas o hambúrguer à venda
na sua saída, produto que já deve ter estourado o contador de
desavisados enganados, 6, R$
15,70 por um pedaço de carne
encolhido no meio de um pão
seco. E não adianta reclamar.
Em uma montanha, a 156
metros de altura, a Acrópole teve Péricles como incentivador,
no século 5º a.C., dá vista panorâmica para Atenas e, em 2008,
deve ver aberto seu novo museu (leia mais nesta página).
Há vestígios de povoamento
que remontam a 3000 a.C. Em
161 a.C. foi construído o teatro
de Herodes Ático, hoje palco de
espetáculos ao ar livre.
Anterior ao teatro, o Partenon foi edificado por Fídias
(leia mais sobre o arquiteto
grego na pág. F11) a partir de
447 a.C., e hoje segue repleto
de andaimes, na sua duradoura
restauração. Outro ponto fundamental da Acrópole é o santuário de Erecteion, que no
pórtico sul conta com as Cariátides, colunas em forma de mulher -cópias, no caso: as originais estão a poucos metros dali,
no museu ao lado do Partenon.
Sebo grego
Para o turista com mais tempo, vale conhecer a região de
Monastiraki, tipicamente grega
e próxima da Ágora.
Também nessa área, o centro
da cidade, há um mercado de
pulgas. Passeando à toa o visitante entra em um beco e se depara com uma loja de vinis e
uma escada. De repente está
em um sebo entulhado como
poucos, um espaço exíguo com
milhares de livros -a maioria
em grego, muitos em inglês, alguns mais que centenários.
(TM)
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