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Resort sente a ausência dos "Brazillionaires"
DOS ENVIADOS ESPECIAIS
Para onde foram os brasileiros? A crise cambial do Brasil
foi tema de reuniões entre promotores de venda de pacotes e
o staff da Aspen Skiing Company, que administra o resort.
Todos uniram esforços para
levar de volta às montanhas
Rochosas "aquela gente alegre,
um pouco desobediente nas
aulas, que sempre estava por
perto", resume o argentino Nicolás Barrancos, gerente de
marketing e vendas.
Os brasileiros, que já figuraram no segundo posto dos turistas que mais visitam o resort,
sumiram na última temporada,
que foi bem menos agitada,
principalmente por causa do
abalo causado pelos ataques
terroristas de 11 de setembro.
No ano passado, o Brasil ficou atrás do Reino Unido, da
Austrália, da Alemanha e do
México -além dos próprios
norte-americanos. "Esperamos retomar o negócio com os
brasileiros já nesta temporada.
Não acredito que a mudança de
governo no Brasil possa afetar
as viagens", disse Barrancos.
Aspen vive hoje do "ouro
branco", a neve, que a transformou no resort mais procurado
do Colorado e na estação de esqui favorita do "jet-set" nacional -há até quem voe de jatinho particular até lá.
O sol brilha em média 300
dias por ano nas quase 400 pistas que formam o complexo
-somando-se as quatro áreas.
Os 225 mil visitantes que a estação de Aspen recebe por temporada -incluindo cerca de 25
mil brasileiros- não precisam
se preocupar com a neve. Se
não nevar o que se espera (sete
metros por ano, em média), a
Aspen Skiing Company aciona
dezenas de canhões que jorram
neve artificial para assegurar a
diversão. A empresa, que detém os meios de elevação ("ski-lifts") e a infra local, investe na
construção e melhoria dos hotéis, na contratação de pessoas
que falem diversos idiomas, na
manutenção das pistas, em
transporte e em alimentação.
Cifrões à brasileira
Também por isso Aspen atrai
uma seleta e fiel clientela -celebridades que possuem mansões na base da montanha.
Os frequentadores vindos do
Brasil são conhecidos como
"Brazillionaires", corruptela,
em inglês, da fusão dos termos
"brasileiros" e "milionários".
Abílio dos Santos Diniz, acionista principal do Grupo Pão
de Açúcar e esportista, seu filho
João Paulo, o apresentador televisivo Luciano Huck e o restauranteur Rogério Fasano são
alguns dos frequentadores habituais daquelas montanhas.
"Claro que esperamos bem
mais gente neste ano. As coisas
começam a voltar ao normal",
diz acreditar Maureen McDonald Poschman, responsável
pela assessoria de imprensa do
complexo, que, depois da estação de inverno, se torna um espaço para esportes que privilegiam contato com a natureza.
Quando a neve derrete, o volume das águas dos rios favorece pescarias, a prática do rafting e giros de moutain bike.
Quem adota Aspen costuma
repetir: "Você vem para o inverno, mas decide ficar quando
chega a primavera".
(MR e SC)
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