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São Paulo, segunda-feira, 03 de fevereiro de 2003

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Resort sente a ausência dos "Brazillionaires"

DOS ENVIADOS ESPECIAIS

Para onde foram os brasileiros? A crise cambial do Brasil foi tema de reuniões entre promotores de venda de pacotes e o staff da Aspen Skiing Company, que administra o resort.
Todos uniram esforços para levar de volta às montanhas Rochosas "aquela gente alegre, um pouco desobediente nas aulas, que sempre estava por perto", resume o argentino Nicolás Barrancos, gerente de marketing e vendas.
Os brasileiros, que já figuraram no segundo posto dos turistas que mais visitam o resort, sumiram na última temporada, que foi bem menos agitada, principalmente por causa do abalo causado pelos ataques terroristas de 11 de setembro.
No ano passado, o Brasil ficou atrás do Reino Unido, da Austrália, da Alemanha e do México -além dos próprios norte-americanos. "Esperamos retomar o negócio com os brasileiros já nesta temporada. Não acredito que a mudança de governo no Brasil possa afetar as viagens", disse Barrancos.
Aspen vive hoje do "ouro branco", a neve, que a transformou no resort mais procurado do Colorado e na estação de esqui favorita do "jet-set" nacional -há até quem voe de jatinho particular até lá.
O sol brilha em média 300 dias por ano nas quase 400 pistas que formam o complexo -somando-se as quatro áreas.
Os 225 mil visitantes que a estação de Aspen recebe por temporada -incluindo cerca de 25 mil brasileiros- não precisam se preocupar com a neve. Se não nevar o que se espera (sete metros por ano, em média), a Aspen Skiing Company aciona dezenas de canhões que jorram neve artificial para assegurar a diversão. A empresa, que detém os meios de elevação ("ski-lifts") e a infra local, investe na construção e melhoria dos hotéis, na contratação de pessoas que falem diversos idiomas, na manutenção das pistas, em transporte e em alimentação.

Cifrões à brasileira
Também por isso Aspen atrai uma seleta e fiel clientela -celebridades que possuem mansões na base da montanha.
Os frequentadores vindos do Brasil são conhecidos como "Brazillionaires", corruptela, em inglês, da fusão dos termos "brasileiros" e "milionários".
Abílio dos Santos Diniz, acionista principal do Grupo Pão de Açúcar e esportista, seu filho João Paulo, o apresentador televisivo Luciano Huck e o restauranteur Rogério Fasano são alguns dos frequentadores habituais daquelas montanhas.
"Claro que esperamos bem mais gente neste ano. As coisas começam a voltar ao normal", diz acreditar Maureen McDonald Poschman, responsável pela assessoria de imprensa do complexo, que, depois da estação de inverno, se torna um espaço para esportes que privilegiam contato com a natureza.
Quando a neve derrete, o volume das águas dos rios favorece pescarias, a prática do rafting e giros de moutain bike.
Quem adota Aspen costuma repetir: "Você vem para o inverno, mas decide ficar quando chega a primavera". (MR e SC)


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