São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


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PORTOS DO CARIBE
Descubra bares inexistentes nos guias e faça programa alternativo ao tradicional roteiro Hemingway
Capital cubana convida ao nomadismo

DA ENVIADA ESPECIAL AO CARIBE

Para se divertir na noite de Havana não é preciso escolher um destino certo. A cidade nos convida ao nomadismo. A rua Obispo, no coração de Habana Vieja, serve de parâmetro. São 19h, a rua está cheia, turistas e cubanos caminham, pessoas conversam à porta das casas. Buzinas improvisadas das bicicletas-táxis misturam-se ao som da música ao vivo, que sai dos bares enfileirados no local.
Na esquina da rua Obispo com a rua Habana há um pequeno bar, o Lluvia de Oro. No fundo, em frente ao nome do estabelecimento, pintado em cores alegres, um grupo começa a tocar salsa, canções românticas e baladas da moda. Atendem a pedidos do público -composto de maioria cubana, mas também por turistas- e sorriem para os estrangeiros, a quem oferecem fitas gravadas artesanalmente.
Enquanto isso, o barman distribui sobre o pesado balcão de madeira grandes copos de cerveja cubana. Cada garrafa pequena custa US$ 1. Recomenda-se a Mayabe ou a Cristal. O cigarro Popular e outros sem filtro, todos cubanos, fazem a preferência da clientela.
O bar Lluvia de Oro não figura nos guias turísticos nem se diferencia de tantos outros próximos, mas passar meia hora dentro dele (ou em outro bar semelhante) é um bom instrumento para aprender uma ou duas coisas sobre os cubanos e se divertir.
Entre os lugares mais convencionais procurados por turistas estão o Havana Café, que atrai basicamente estrangeiros e tem um repertório de clássicos da música cubana, e o Tropicana, imensa casa de espetáculos ao ar livre que traz uma espécie de espetáculo circense baseado em danças típicas do país, com banda ao vivo.
É inevitável encontrar placas com os dizeres "Hemingway esteve aqui" sob o nome de bares e hotéis. Entre os mais populares no roteiro do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961) estão o La Bodeguita del Medio e o belíssimo La Floridita, cujo interior ainda guarda o glamour dos anos 50, quando o autor de "O Velho e o Mar" e "Adeus às Armas" viveu em Cuba. (SYLVIA COLOMBO)


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