São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


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FÉRIAS NOS PARQUES
O Discovery Cove, inaugurado anteontem na Flórida, é o lugar ideal para relaxar e interagir com golfinhos
Há um Flipper à sua espera em Orlando

MIRNA FEITOZA
ENVIADA ESPECIAL A ORLANDO

A série de TV podia até ser chatinha, mas quem não se lembra do simpático golfinho Flipper? Pois foi apostando no carisma da espécie do astro que o grupo Anheuser-Busch abriu as portas de seu mais novo parque -o Discovery Cove, inaugurado anteontem em Orlando (Flórida, EUA).
São 28 golfinhos aptos a nadar e brincar com o público. O visitante entra nas lagoas artificiais do parque e, ao repetir os comandos dos treinadores, faz o animal saltar, dar rodopios e nadar para trás com a cauda -além de dar beijinhos, abraços e peixes ao bicho.
Para viver essa salgada experiência (veja preço no final), os visitantes são divididos em grupos de no máximo sete pessoas, com idade mínima de 6 anos. Cada grupo fica em contato com só um animal e é monitorado por pelo menos dois treinadores.
No final da interação -que dura por volta de 40 minutos, fora a palestra sobre o animal que antecede o contato- um dos treinadores se distancia cerca de 50 metros do grupo, chama o golfinho e convida um visitante por vez a nadar com o animal. Seguindo as instruções do treinador, você se segura no bicho e é conduzido por ele até as mãos do adestrador. Dá um certo medo, mas o passeio não dura mais que três segundos.
Uma desvantagem é que você não pode pedir para ninguém fotografar sua aventura. Se quiser uma foto (e quem resiste?), tem de pagar US$ 16. O parque coloca vários fotógrafos na água.
Diferentemente do Sea World -que pertence ao mesmo grupo e enfoca a vida marinha- o Discovery Cove não é um parque temático. Seu negócio é oferecer aventuras leves e experiências individuais com animais, somadas a conforto e tranquilidade.
"Os parques temáticos vão estar de olho na resposta do público. Vai ser uma coisa revolucionária", disse o relações-públicas do parque Greg Smith a jornalistas convidados a conhecer o empreendimento, há duas semanas.
De fato, o Discovery Cove está mais para a tranquilidade oferecida por um resort que para a desgastante experiência de sentir medo em uma montanha-russa.
Você pode ficar estirado nas cadeiras da praia artificial, com direito a guarda-sol, toalha, armário com chave e protetor solar especialmente desenvolvido para não fazer mal aos animais -tudo incluído no preço do ingresso.
Dá para fazer snorkeling no rio -do mesmo modo artificial- e ver espécies de peixes coloridos originárias de várias partes do mundo, além de tubarões e arraias. Tudo separado do visitante por divisores transparentes dentro da água.
Outra opção é o aviário, com aves de espécies variadas devidamente treinadas para receber os visitantes em troca de comida.
Também não há filas. É preciso fazer reservas antecipadas para entrar no parque. O limite de visitação por dia é de mil pessoas.
Os executivos não revelam o valor do investimento. Só dizem que foi de longe o maior já feito pelo grupo Anheuser-Busch -dono dos parques Sea World, Busch Gardens, Adventure Island, Water Country e Vila Sésamo.
A construção do Discovery Cove levou um ano e meio. A idéia surgiu após um teste aplicado durante dois anos nos parques Sea World de Orlando e de San Diego. Pagando uma taxa extra, alguns visitantes podiam nadar com golfinhos nos bastidores. "A resposta foi fantástica", disse Smith.

DISCOVERY COVE -
Ingresso: US$ 179, mais taxas. Inclui nadar com golfinhos, as atividades do parque, almoço, estacionamento, equipamentos de mergulho e praia, armários, guia e passaporte de sete dias para o Sea World Orlando. Outra opção: US$ 89, mais taxas. Inclui tudo, menos a interação com golfinhos. Entrada gratuita para menores de 3 anos. Reservas: 0/21/ 1/877/4/3472-6879 ou site www.discoverycove.com.


Mirna Feitoza viajou a convite do grupo Anheuser-Busch.


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