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Golfinho não é obrigado a atuar
DA ENVIADA ESPECIAL
Segundo treinadores de animais do Discovery Cove, os golfinhos aprendem a interagir com o
público sem sofrer maus-tratos.
Eles disseram que os animais são
estimulados a repetir só o que geralmente fazem na natureza.
Conforme o material de divulgação do parque, "o processo de
treinamento é baseado no reforço
positivo e na manutenção de uma
relação de verdade e respeito entre animais e treinadores".
Segundo a Folha apurou, funciona assim: todas as vezes em
que o animal faz uma gracinha
(salta, rodopia etc.), é uma festa.
Ele é aplaudido, acarinhado com
frases de estímulo e toques, ganha
peixes. Se não faz nada, simplesmente é ignorado pelo treinador.
Esperto, o golfinho passa a fazer
apenas o que lhe garante a atenção e a aprovação do treinador.
Durante a interação com o animal, o visitante também é orientado a usar essa técnica. Na verdade,
nem precisaria dar a instrução
-todos só param de dar vivas e
peixes no final da atividade.
Os treinadores afirmaram também que o golfinho nunca é obrigado a fazer o que não quer. Ele só
faz apresentações -três por
dia- se quiser. De fato, na interação do grupo em que estava a reportagem da Folha, o animal se
desinteressou e foi embora.
Aparentemente, os treinadores
não pediram para que ele voltasse. O fato é que o golfinho retornou pouco depois de partir.
Nos parques do grupo Anheuser-Busch, os treinadores se comunicam com os animais visualmente (sinais com as mãos), verbalmente ou por meio de toques.
"O método varia com a espécie.
Golfinhos, por exemplo, respondem bem ao toque. Alguns pássaros respondem a sugestões verbais", diz a embaixatriz dos animais, Julie Scardina, treinadora
veterana que faz apresentações
com animais em nome dos parques Busch Gardens e Sea World.
Os treinadores geralmente são
das áreas da psicologia animal e
infantil ou da pedagogia. Os animais recebem ainda tratamento
periódico de veterinários e de outros especialistas.
(MiF)
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