São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


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Golfinho não é obrigado a atuar

DA ENVIADA ESPECIAL

Segundo treinadores de animais do Discovery Cove, os golfinhos aprendem a interagir com o público sem sofrer maus-tratos. Eles disseram que os animais são estimulados a repetir só o que geralmente fazem na natureza.
Conforme o material de divulgação do parque, "o processo de treinamento é baseado no reforço positivo e na manutenção de uma relação de verdade e respeito entre animais e treinadores".
Segundo a Folha apurou, funciona assim: todas as vezes em que o animal faz uma gracinha (salta, rodopia etc.), é uma festa. Ele é aplaudido, acarinhado com frases de estímulo e toques, ganha peixes. Se não faz nada, simplesmente é ignorado pelo treinador.
Esperto, o golfinho passa a fazer apenas o que lhe garante a atenção e a aprovação do treinador.
Durante a interação com o animal, o visitante também é orientado a usar essa técnica. Na verdade, nem precisaria dar a instrução -todos só param de dar vivas e peixes no final da atividade.
Os treinadores afirmaram também que o golfinho nunca é obrigado a fazer o que não quer. Ele só faz apresentações -três por dia- se quiser. De fato, na interação do grupo em que estava a reportagem da Folha, o animal se desinteressou e foi embora.
Aparentemente, os treinadores não pediram para que ele voltasse. O fato é que o golfinho retornou pouco depois de partir.
Nos parques do grupo Anheuser-Busch, os treinadores se comunicam com os animais visualmente (sinais com as mãos), verbalmente ou por meio de toques.
"O método varia com a espécie. Golfinhos, por exemplo, respondem bem ao toque. Alguns pássaros respondem a sugestões verbais", diz a embaixatriz dos animais, Julie Scardina, treinadora veterana que faz apresentações com animais em nome dos parques Busch Gardens e Sea World.
Os treinadores geralmente são das áreas da psicologia animal e infantil ou da pedagogia. Os animais recebem ainda tratamento periódico de veterinários e de outros especialistas. (MiF)


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