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VERÃO 2007, FOLIA NO MAR
Comida é destaque do Costa Fortuna
Boas, refeições seguem regra italiana, com dois pratos de entrada, um prato principal e uma sobremesa
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Vista do deque do navio Costa Fortuna, que fica na costa brasileira até 5/3, quando parte em cruzeiro para a Itália |
JORGE ARAÚJO
ENVIADO ESPECIAL À COSTA BRASILEIRA
Com duas bandeiras no mastro -uma da comunidade européia e outra do Brasil- o
Costa Fortuna abriu a temporada no verão brasileiro como o
maior navio de passageiros a
navegar nas águas do país.
Os turistas do Costa Fortuna,
que embarcaram em Savona,
na Itália, fugindo do inverno,
navegaram por pouco mais de
duas semanas no transatlântico, que pesa 105 mil toneladas e
tem capacidade para 3.470 pessoas em 1.358 cabines.
O casal carioca Mário Guimarães e Ana Maria, professores universitários aposentados,
embarcaram em Savona e, em
16 dias, visitaram cidades como
Barcelona, Gibraltar, Casablanca, Santa Cruz de Tenerife,
Recife e Salvador até desembarcarem no Rio. Disseram estar fascinados com a qualidade
de serviços no navio, os shows,
a gastronomia e os passeios.
"Foi muito diferente de ficar
nos aeroportos brasileiros jogados nas salas de embarque
por causa dos atrasos. Sem contar o estresse em outros países,
onde revistaram até a minha alma nos aeroportos. No navio,
saímos só com o cartão do cruzeiro e não precisamos passar
por isso", diz Guimarães.
O navio fica na costa brasileira até março, quando retorna
com o mesmo número de passageiros para a Itália, sendo
metade deles brasileiros e o
restante, europeus e outros latino-americanos.
Mas quem perdeu a chance
de atravessar os mares a bordo
do Costa Fortuna ainda pode
embarcar num dos cruzeiros
que a empresa oferece até o final do verão. Só que é bom se
apressar para conseguir sua reserva. Inclusive para a terceira
edição, em fevereiro, do projeto
"Emoções em Alto Mar", com o
show de Roberto Carlos no gigantesco teatro Rex, que tem
capacidade para 1.400 pessoas
e é conhecido por sua acústica e
pelo palco desenhado para
grandes espetáculos.
Regra italiana
Há doze bares a bordo. O
mais freqüentado de dia fica no
complexo de piscinas -e tem
todos os tipos de coquetel, chope, uísque e caipirinhas.
No capítulo gastronomia, são
produzidos, diariamente, 45
mil pratos por artistas em decoração culinária, e usados 2,5
toneladas de massa, trinta mil
ovos e 800 quilos de farinha de
trigo. Tudo em uma cozinha de
1.600 m2.
A pizzaria fica aberta quase
todo o dia, e os restaurantes
mais elegantes são o Michelangelo e o Rafaello. Reserve lugar
para um dos turnos. As refeições seguem a regra italiana,
com dois pratos de entrada, o
prato principal e a escolha da
sobremesa num único pedido.
Os shows acontecem durante todas as noites no cruzeiro,
separados em turnos como os
jantares, porque mesmo contando com o teatro de grande
capacidade, o lugar ainda é pequeno para acomodar a enorme população do navio. As pistas de danças, para todos os
gostos e idades, funcionam a
todo o vapor com sistemas
avançadíssimos de luzes e sons
e DJs selecionados para fazer a
noite dos mais jovens.
Diversão
As quatro pequenas piscinas,
seis jacuzzis e o toboágua que
compõem o parque aquático do
transatlântico funcionam por
tempo limitado. No mesmo andar há uma moderna sala com
50 equipamentos de última geração para condicionamento físico. É uma grande academia
flutuante para tirar os quilinhos conseguidos durante a
própria viagem, já que nos cruzeiros se come e bebe muito a
toda hora.
No topo do navio uma grande
arena foi montada para aulas
de dança e ginástica ao ar livre.
E o cassino a bordo é uma maravilha para os que não resistem em tentar a sorte e ouvir
barulho das moedinhas de euros caindo. Senhoras ficam horas desafiando os caça-níqueis,
mas poucas pessoas arriscam
dinheiro em roletas e outros jogos. Nos corredores climatizados, mesas reúnem casais que
jogam baralho por prazer.
No circuito interno de TV, o
monitor da cabine exibe um
programa que ensina como jogar no cassino e também mostra a navegação em curso - há
duas câmeras, uma na proa e
outra no fundo. A chegada na
cidade do Rio é imperdível, desde a aproximação das ilhas Cagarras. A imagem é emoldurada
pelas montanhas, com o Cristo
Redentor e a Urca.
Apesar da modernidade dos
cruzeiros, suas atrações são as
mesmas há muito tempo, tanto
nos navios de primeira classe
como nos mais populares. São
brincadeiras com casais, como
a que premia pessoas com mais
de 60 anos em uma corrida com
bexigas. Para quem quer melhorar o molejo, monitores ensinam passos de dança.
Jorge Araújo viajou a convite da Costa Cruzeiros
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