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VERÃO 2007, FOLIA NO MAR
Geografia é melhor diversão de bordo
Rota do navio é entregue na cabine
DO ENVIADO ESPECIAL
À COSTA BRASILEIRA
Veraneia, com os cruzeiros
na costa do país, uma programação bastante previsível. Do
axé atemporal que anuncia para os europeus que à estibordo
está Salvador aos repertórios
dos pianos bar, passando pelos
animadores com microfone
perto das piscinas, tudo tende a
um certo "déjà-vu disso aí".
Árdua tarefa, a dos animadores. Às vezes, realmente motivam alguém a jogar uma bola de
pingue-pongue no chão para
que ela quique e caia num copo
descartável. Outras vezes, realmente incomodam quem só
queria deitar na espreguiçadeira para ler ou especular qualquer coisa inútil sobre as marolas e os matizes do Atlântico.
Mas o passageiro pode escolher um cruzeiro temático mais
com a sua estampa, e, uma vez
nele, seguir programação própria. Se você é aquela pessoa
lendo, fuja das espreguiçadeiras na área da piscina pelo menos na parte da tarde, auge da
muvuca e do volume dos microfones. Os transatlânticos
costumam contar com bibliotecas. Tudo bem que, se você esqueceu seus livros e não lê em
outras línguas, pode se confrontar com um acervo com
mais de quinhentos títulos em
outros idiomas e menos de dez
em português, mas enfim, são
contramarés a que os cruzeiristas estão sujeitos.
Uma grande pedida é acompanhar a programação do capitão, um folheto que chega diariamente às cabines com informações náuticas, entre outras.
As paisagens que poderão ser
vistas do navio naquele dia são
um dos atrativos. Um cenário
que vale catalogar na memória,
por exemplo, é a da chegada à
baía da Guanabara -às 5h56,
informa a programação. Sim,
madrugar é preciso, mas a navegação entre as ilhas Cagarras
e, depois, próxima à Barra da
Tijuca, à Ipanema e à Copacabana, compensa.
De resto, os navios chegam a
ter mais de dez andares e dezenas de recantos, e se perder por
eles para aprender a evitar os
horários de pico nas academias,
jacuzzis e afins já é parte interessante da viagem.
(THIAGO MOMM)
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