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CIDADE ETERNA
Viajantes que costumam gastar na capital voltam após evitar hordas esperadas no ano passado
Roma recupera turistas afugentados pelo Jubileu de 2000
DA REUTERS
Cerca de 25 milhões de pessoas
foram a Roma no ano passado devido ao Jubileu dos 2.000 anos do
nascimento de Cristo, mas o setor
de turismo não lucrou muito.
Agora a Cidade Eterna está voltando a lucrar com o turismo, devido ao retorno dos viajantes que
ficaram afastados do local para
evitar as multidões do Jubileu e
que têm interesse em explorar os
monumentos e os museus locais,
além de fazer compras.
As autoridades turísticas projetam um aumento de 5% no número de visitantes em Roma e arredores este ano, número liderado por americanos, seguidos de
britânicos, espanhóis e franceses.
Após as restaurações realizadas
antes do Jubileu, como a limpeza
da Fontana di Trevi e a basílica de
São Pedro, os turistas parecem estar redescobrindo a cidade.
Nos quatro primeiros meses do
ano, o número de turistas que se
hospedaram nos hotéis da cidade
aumentou 7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Hotéis luxuosos já estão no limite da sua capacidade há semanas, bem antes do início da alta estação. Lojas badaladas como a
Gucci e a Prada estão vendendo
muito. Restaurantes turísticos
que estavam vazios nesta época
no ano 2000 estão repletos de filas.
"Acho que será o melhor ano de
todos", afirma Mario Mariani,
proprietário do restaurante Mario, fundado há 40 anos. "No ano
passado, tivemos mais clientes,
porém, menos dinheiro."
Os peregrinos não gastaram na
cidade porque muitos vieram de
países longínquos em grupos organizados por igrejas, que providenciavam alojamento em salas
de aula e conventos, trocando hotéis e restaurantes por opções
mais baratas e alternativas.
Com relação às lojas, os peregrinos olhavam suas vitrines rapidamente e seguiam para a igreja.
E o boato de que os fiéis estariam causando enormes filas nos
pontos turísticos afastou muitos
turistas não apegados à religião.
"Não foi um ano ruim, mas não
foi o ano que todos esperavam",
diz Nicola Rex, diretor de vendas
do hotel Hassler. Muitos dos seus
clientes avisaram em 99 que não
voltariam em 2000 para evitar
multidões. Mas agora a ocupação
do hotel está até maior que em 99.
Num dia de semana recente, 97%
dos quartos estavam ocupados.
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