|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ruína jesuíta ornamenta Joanes
DO ENVIADO ESPECIAL
O vilarejo de Joanes, no município de Salvaterra, guarda resquícios da presença dos jesuítas na
ilha no século 17. São ruínas de
uma igreja construída para catequizar os índios da região.
Ao lado das ruínas, fica a igreja
de Nossa Senhora do Rosário, da
década de 40, em homenagem à
padroeira da ilha. Ali está uma das
maiores imagens da santa na ilha
de Marajó.
Joanes também é conhecido por
suas praias e pela vista que proporciona da baía de Marajó.
Praia arborizada
Com entrada por uma estrada
de terra, a praia Grande é uma das
mais bonitas e badaladas. Árvores
frondosas, como taperebá, cuiarana e jutairana, oferecem abrigo
natural contra o sol. A água do
"mar" é o resultado da eterna
queda-de-braço travada entre o
rio Amazonas e o oceano Atlântico. O resultado ali é um banho
morno, às vezes mais salgado, às
vezes mais doce.
Há uma minifalésia em uma das
pontas da praia. Barcos de pescadores estacionados na areia dão
um colorido amazônico particular ao local.
"Quando a maré está baixa, os
búfalos vêm aqui tomar banho",
conta Francisco de Sales Menezes
Nascimento, 55, dono da peixaria
do Sales, que também oferece
sombra aos clientes.
Ele explica que as árvores cujos
nomes terminam em "rana" não
dão frutos comestíveis. "Vem do
tupi-guarani", diz Francisco, que
já foi encarregado da alimentação
de uma equipe que fez pesquisas
indígenas no interior do Estado
do Pará.
O carro-chefe da sua peixaria é a
caldeirada de filhote (peixe da região), que leva, além do peixe, camarão, batata, tomate e cebola. O
prato é acompanhado de arroz
branco, pirão e farofa e serve três
pessoas.
(AP)
Ruínas de Joanes - a cerca de 20 km do
centro de Salvaterra, a partir do porto;
praia Grande: a cerca de 20 km do centro
de Salvaterra.
Texto Anterior: Aves deixam praia do Pesqueiro colorida Próximo Texto: Culinária bufalina cede espaço ao peixe Índice
|