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Com o final das férias de meio de ano, balneário fica livre da poluição sonora e do tráfego excessivo
Orla de Salinas apresenta turista à Amazônia oceânica
DO ENVIADO ESPECIAL AO PARÁ
A costa atlântica do Estado do
Pará tem a peculiaridade de ter
praias oceânicas em plena Amazônia. A cor da água do mar varia
de acordo com a força da influência do rio -ora mais escura, ora
mais verde.
Agora que terminaram as férias
de julho, período em que os belenenses correm para o "mar", o
balneário de Salinópolis, mais conhecido como Salinas (a 220 km
da capital Belém), volta a viver
momentos de tranquilidade.
Já é possível curtir a praia do
Atalaia, a mais procurada do município durante o verão amazônico, sem as centenas de carros estacionados e trafegando na sua extensa faixa de areia e sem a poluição dos aparelhos de som no último volume.
A praia do Atalaia é emoldurada
por dunas. No pé de uma delas, há
um lago de cor escura, que ganhou essa tonalidade devido à vegetação e por isso foi batizado de
lago da Coca-Cola.
Para chegar lá, o turista anda
800 m pela praia, a partir da entrada do Atalaia, e sobe uma duna
em um percurso de 400 m. Do outro lado da duna, é só descer e se
refrescar.
Na área de acesso à praia, uma
obra de urbanização foi recém-inaugurada. Houve a duplicação e
o asfaltamento das ruas e a construção de um estacionamento para ônibus e de banheiros públicos.
Do lado esquerdo do acesso à
praia do Atalaia, fica a praia do
Farol Velho. Frequentada por famílias, mesmo no período de
maior fluxo de turistas, ela é mais
tranquila. Lá funciona à noite o
bar Marujo's, o preferido da moçada, que toca uma variedade de
ritmos, de reggae a eletrônico.
Outra praia bastante frequentada pelos turistas é a do Maçarico.
São três quilômetros de orla, com
pista asfaltada, calçadão com desenhos de pássaros, ciclovia, três
parques para crianças, três praças
de ginástica, sete restaurantes e
seis quiosques que vendem água-de-coco.
A decoração aproveita os elementos da região, como as grandes estátuas de caranguejo, de camarão, de tartaruga, de tralhoto
(espécie de peixe), de ostra, de siri
e de maçarico, pássaro comum na
beira da praia, que tem um andar
ligeirinho. Os 13 orelhões têm forma de garça e de curvina -peixe
típico na região.
A praia ainda conta com uma
praça de alimentação, com 18
quiosques -alguns dentro de
ônibus pintados-, cujo forte é a
comida típica do Pará, como tacacá (um mingau quase líquido, feito com tapioca e temperado com
pimenta), vatapá e caruru. Mas há
espaço também para a venda de
cachorro-quente e de pizza.
No final do calçadão, uma ponte
dá acesso à praia da Curvina, de
onde é possível apreciar o pôr-do-sol no fim da tarde.
Salinas ainda oferece passeios
para praias mais selvagens. Para chegar ao município, saindo de Belém, o turista
vai enfrentar trechos cheios de
buracos na estrada, principalmente na BR-316. A viagem dura
cerca de três horas.
(AUGUSTO PINHEIRO)
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