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São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2003

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Com o final das férias de meio de ano, balneário fica livre da poluição sonora e do tráfego excessivo

Orla de Salinas apresenta turista à Amazônia oceânica

DO ENVIADO ESPECIAL AO PARÁ

A costa atlântica do Estado do Pará tem a peculiaridade de ter praias oceânicas em plena Amazônia. A cor da água do mar varia de acordo com a força da influência do rio -ora mais escura, ora mais verde.
Agora que terminaram as férias de julho, período em que os belenenses correm para o "mar", o balneário de Salinópolis, mais conhecido como Salinas (a 220 km da capital Belém), volta a viver momentos de tranquilidade.
Já é possível curtir a praia do Atalaia, a mais procurada do município durante o verão amazônico, sem as centenas de carros estacionados e trafegando na sua extensa faixa de areia e sem a poluição dos aparelhos de som no último volume.
A praia do Atalaia é emoldurada por dunas. No pé de uma delas, há um lago de cor escura, que ganhou essa tonalidade devido à vegetação e por isso foi batizado de lago da Coca-Cola.
Para chegar lá, o turista anda 800 m pela praia, a partir da entrada do Atalaia, e sobe uma duna em um percurso de 400 m. Do outro lado da duna, é só descer e se refrescar.
Na área de acesso à praia, uma obra de urbanização foi recém-inaugurada. Houve a duplicação e o asfaltamento das ruas e a construção de um estacionamento para ônibus e de banheiros públicos.
Do lado esquerdo do acesso à praia do Atalaia, fica a praia do Farol Velho. Frequentada por famílias, mesmo no período de maior fluxo de turistas, ela é mais tranquila. Lá funciona à noite o bar Marujo's, o preferido da moçada, que toca uma variedade de ritmos, de reggae a eletrônico.
Outra praia bastante frequentada pelos turistas é a do Maçarico. São três quilômetros de orla, com pista asfaltada, calçadão com desenhos de pássaros, ciclovia, três parques para crianças, três praças de ginástica, sete restaurantes e seis quiosques que vendem água-de-coco.
A decoração aproveita os elementos da região, como as grandes estátuas de caranguejo, de camarão, de tartaruga, de tralhoto (espécie de peixe), de ostra, de siri e de maçarico, pássaro comum na beira da praia, que tem um andar ligeirinho. Os 13 orelhões têm forma de garça e de curvina -peixe típico na região.
A praia ainda conta com uma praça de alimentação, com 18 quiosques -alguns dentro de ônibus pintados-, cujo forte é a comida típica do Pará, como tacacá (um mingau quase líquido, feito com tapioca e temperado com pimenta), vatapá e caruru. Mas há espaço também para a venda de cachorro-quente e de pizza.
No final do calçadão, uma ponte dá acesso à praia da Curvina, de onde é possível apreciar o pôr-do-sol no fim da tarde.
Salinas ainda oferece passeios para praias mais selvagens. Para chegar ao município, saindo de Belém, o turista vai enfrentar trechos cheios de buracos na estrada, principalmente na BR-316. A viagem dura cerca de três horas.
(AUGUSTO PINHEIRO)


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