São Paulo, segunda-feira, 04 de novembro de 2002

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ITÁLIA

Quando está adormecido, vulcão da Sicília que entrou em erupção há uma semana é procurado por turistas

Catânia tem uma convivência secular com o monte Etna

DA REDAÇÃO

Tremores de até 4,4 graus na escala Richter marcaram, há uma semana, o início das erupções do Etna, vitimando pessoas na Sicília e no sul da Itália. Encravada numa área de risco que compreende 1.250 m2 em torno da boca do Etna, Catânia, a segunda maior cidade da Sicília (depois de Palermo), tem entre seus atrativos a ida ao vulcão -e hoje distribui máscaras cirúrgicas para a população.
Na encosta sudeste do vulcão, Santa Venerina foi muito castigada. Na estação de esqui Linguaglossa ("língua de lava"), as ruas amanheceram cobertas de cinza.
Mas a convivência dos sicilianos com o vulcão é um fato. Habitada pelos sícules e, depois, por gregos e romanos -que diziam ser o Etna a morada do deus do fogo-, a região foi ainda dominada por vândalos, bizantinos, árabes, normandos, franceses e espanhóis.
Hoje quem sobe a via Monterosso, na face norte, vê o asfalto acabar a 2.000 m acima do mar, de onde é preciso seguir em veículo de tração especial. O verde escasseia a 1.500 m; a boca do vulcão está a 3.350 m. Na lava negra já seca só cresce o "spino santo" (Astragalus siculus) e, até no verão, uma grossa camada de gelo fica à mostra, debaixo da cinza. (SC)


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