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ITÁLIA
Quando está adormecido, vulcão da Sicília que
entrou em erupção há uma semana é procurado por turistas
Catânia tem uma convivência secular com o monte Etna
DA REDAÇÃO
Tremores de até 4,4 graus na escala Richter marcaram, há uma
semana, o início das erupções do
Etna, vitimando pessoas na Sicília
e no sul da Itália. Encravada numa
área de risco que compreende
1.250 m2 em torno da boca do Etna, Catânia, a segunda maior cidade da Sicília (depois de Palermo), tem entre seus atrativos a ida
ao vulcão -e hoje distribui máscaras cirúrgicas para a população.
Na encosta sudeste do vulcão,
Santa Venerina foi muito castigada. Na estação de esqui Linguaglossa ("língua de lava"), as ruas
amanheceram cobertas de cinza.
Mas a convivência dos sicilianos
com o vulcão é um fato. Habitada
pelos sícules e, depois, por gregos
e romanos -que diziam ser o Etna a morada do deus do fogo-, a
região foi ainda dominada por
vândalos, bizantinos, árabes, normandos, franceses e espanhóis.
Hoje quem sobe a via Monterosso, na face norte, vê o asfalto
acabar a 2.000 m acima do mar, de
onde é preciso seguir em veículo
de tração especial. O verde escasseia a 1.500 m; a boca do vulcão
está a 3.350 m. Na lava negra já seca só cresce o "spino santo" (Astragalus siculus) e, até no verão,
uma grossa camada de gelo fica à
mostra, debaixo da cinza.
(SC)
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