Associated Press - 20.nov.2000

Mariachi faz performance na Plaza de la Constitución, marco zero da Cidade do México e conhecida como zócalo, no 90º aniversário da Revolução Mexicana

RENATA IETTO
ENVIADA ESPECIAL AO MÉXICO

Uma tribo nômade do reino de Aztlán vagava em busca da terra ideal. A terra que, segundo a profecia da tribo, seria um dia um grande império.
O local seria definido quando fosse encontrada uma águia devorando uma serpente em cima de um cacto.
Em 1325, em uma pequena ilha do lago de Anáhuac, cercada pelos vulcões Iztaccíhuatl e Popocatépetl, surgiu o sinal.
E assim, de acordo com a lenda, nascia Tenochtitlán, a cidade sagrada dos astecas e hoje uma das maiores do mundo, a Cidade do México.

Centro histórico
A Plaza de la Constituición -marco zero da cidade e uma das maiores praças das Américas- foi construída sobre as ruínas dos primeiros templos astecas e ainda guarda marcas de civilizações desaparecidas.
Ao redor dos 5.000 m2 da praça, chamada pelos mexicanos de zócalo, estão o Palácio Nacional (antigo palácio do rei Montezuma), a Catedral Metropolitana e os "portales de mercaderes" (local onde os comerciantes vendiam os produtos trazidos do Oriente).
Distante apenas duas quadras do zócalo, as ruínas do Templo Mayor -descobertas na década de 70- têm altares cerimoniais e uma pirâmide asteca.

Culturas pré-hispânicas
O bosque de Chapultepec abriga um dos mais importantes museus de antropologia do mundo.
Inaugurado em 1964, o edifício, que foi projetado por Pedro Ramírez Vázquez, conta com salas dedicadas aos astecas, aos maias e aos toltecas.
Entre as mais de 10 mil peças expostas, estão a Pedra do Sol -espécie de oráculo dos astecas- e as gigantes cabeças olmecas, feitas de basalto.