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Iguanas e piadas surgem em travessia
DA ENVIADA ESPECIAL
Quando o buggy pára nas
dunas, e os visitantes miram
Genipabu, antes de atravessar de balsa o rio Potengi, garotos saem da mata e exibem
iguanas. Eles colocam os
répteis no capô e estimulam
o turista a acariciá-los. Depois pedem um troco para
"comprar a comida deles".
Em seu habitat natural, os
iguanas não precisam de ração, mas é assim que esses
garotos ganham a vida.
Rodolfo Araújo da Silva,
20, tira de R$ 10 a R$ 15 por
dia. Em dias bons, chega a
R$ 25. Numa conversa reservada, outro rapaz oferece o
animal por R$ 50.
Segundo Jean dos Anjos,
42, chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Rio
Grande do Norte, evitar a
captura desses animais é
uma luta inglória. Muitos
iguanas, quando recuperados, estão feridos ou, quando a fiscalização chega, são
largados no sol. O melhor é
que o turista colabore não
estimulando essa prática.
Na fila da balsa de volta,
garotos se achegam e disparam anedotas: "Sabe por que
o japonês não tem estes três
dedos [mostrando-os"? Por
que estes dedos são meus!"
"Sabe o que é um ponto vermelho dentro do castelo? Pimenta do reino". Depois de
cinco ou seis dessas, vem a
pergunta: "Gostou das piadas? Não mereço um trocado por elas?". Cada um se vira como pode.
(CF)
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