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Piratas deram lugar a turistas
da enviada especial
Seja sincero: Nassau, para você, é
sinônimo, vagamente, de cultivo
tropical (do que será mesmo?),
praias paradisíacas, cassinos, belos
hotéis e um quê de exotismo.
Ah, você sabe também que a ilha
foi colonizada pelos ingleses, no
século 17, e exibe uma arquitetura
vitoriana? Muito bem. Mas, para
desfrutar mais de Nassau, onde o
navio fica ancorado durante um
dia inteiro e também à noite, você
vai gostar de saber que há mais a
explorar ali do que sugerem algumas vãs suposições.
A capital das Bahamas, um arquipélago de cerca de 700 ilhas
próximas à costa da Flórida, com
dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) gerados pelo turismo,
une ruas arborizadas, com pouco
movimento de carros, e lojas que
não cobram impostos sobre as
mercadorias.
Com um centro compacto, situado bem próximo ao píer, a cidade
pode ser conhecida em um dia.
Você pode começar sua incursão
a esse antigo reduto dos piratas,
que dominaram Nassau no início
do século 18, da forma mais prosaica possível, caminhando pelas
ruas do centro. Ali, sobrados com
fachadas de madeira, pintados em
cores como rosa, verde-claro e
azul, lembram o passado colonial
da cidade.
Essas casas emolduram, entre
outras ruas, a meca dos turistas em
Nassau, a Bay Street, que concentra a maioria das lojas, algumas
"duty free". Há de tudo à venda, de
perfumes a jóias e roupas de marca. Levando em consideração que
você pode encontrar os mesmos
artigos nos "free shops" dos aeroportos e até em Orlando e Miami,
por preços semelhantes, a romaria
às lojas só vale a pena para quem
jamais abre mão das compras.
Mas, se você não faz questão de
rodar o cartão de crédito, pode se
dedicar a algo mais genuíno, como
desvendar os pontos de encontro
dos habitantes locais, todos versados em inglês, o idioma oficial.
O que não é nada difícil. Basta
sair um pouco da rota turística por
excelência, que compreende Bay
Street, Charlotte Street e Parliament Street, e se embrenhar nas
galerias que margeiam essas ruas.
Em uma delas, a Bahamas Arcade, você encontra restaurantes típicos com mesas ao ar livre, frequentados só por nativos. É possível degustar ali pratos da culinária
local, rica em peixes e frutos do
mar e levemente apimentada, além
de frutas cítricas e abacaxi, que
constituem a base da agricultura
praticada nas Bahamas.
Para completar o passeio, você
pode visitar Paradise Island, ilha
do arquipélago vizinha a New Providence, onde fica Nassau. A partir
da capital, chega-se a Paradise Island por terra ou mar.
No primeiro caso, você gasta US$
2 para fazer a travessia de barco. Já
os taxistas cobram cerca de US$ 24
pela corrida, de dez minutos.
Parece caro? Bem, saiba que em
Paradise Island os gastos não param aí.
Como alguns dos principais atrativos da ilha são os cassinos, não é
difícil transformar seus dólares em
capital de giro -literal, nas roletas
e outros "brinquedinhos" dos cassinos.
Claro que você também pode
abrir mão da jogatina em favor do
conceito de eternidade de que parecem desfrutar as praias locais, de
beleza praticamente intocada.
Em uma das mais conhecidas, a
do hotel Atlantis, existe até uma
corrente de autenticidade em meio
ao oceano de turistas americanos
que plantam suas férias nas areias
fofas dali.
Você pode observar, por exemplo, moças locais fazendo "tererês"
(trancinhas) nas visitantes e tem a
oportunidade de bater papo com
alguns habitantes locais, de sorriso
largo e facilidade de comunicação.
Pode também alugar um jet ski por
cerca de 40 minutos ou simplesmente relaxar no mar, de leves ondulações e águas claras, em um
programa que é natural, autêntico
e não faz mal ao bolso.
(CA)
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