São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2000


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ILHA-AQUÁRIO

Falta de alguns confortos, como o chuveiro elétrico, é compensada pela riqueza da fauna local

Golfinhos bailam diariamente às 6h

da Redação

Não foi por acaso que, no passado, invasores franceses chamaram Fernando de Noronha de ilha dos Golfinhos. Estrelas de uma festa que tem lugar todos os dias às 6h da manhã, na baía dos Golfinhos, esses mamíferos marinhos podem ser observados a partir de um mirante localizado num paredão escarpado, alcançável por meio de uma trilha.
O acesso por mar é proibido -e os barcos não podem atracar nessa região única, que serve de habitat, local de descanso e acasalamento para golfinhos-rotadores.
Mas, além de observar golfinhos, Fernando de Noronha oferece outros tantos passeios -e uma fauna que até intimida.
Os surfistas encontram ondas grandes na Cacimba do Padre, nas praias do Porto, do Cachorro e da Conceição.
Já na praia de Atalaia, é a calmaria da vazante que transforma as piscinas naturais num imenso aquário (leia texto abaixo).
Na baía do Sueste também é possível nadar sem medo: a praia é abrigada e repleta de tartarugas. Para quem gosta de ver formações rochosas estranhas, a praia do Leão tem uma paisagem insólita, cheia de surpresas.
Onde quer que se vá, seja na face que dá para a costa do Brasil (mar de Dentro), seja na face oposta (mar de Fora), o arquipélago mostra sua vocação natural.

Cuidados especiais
Das 7h às 18h, o sol é implacável. Algumas das plantas podem queimar ou ter espinhos. As pensões são rústicas, e não há um só chuveiro elétrico em Fernando de Noronha. Quem escolhe o destino precisa abrir mão de diversos confortos, de roupas chiques, de saltos altos.
Os mais exigentes devem levar um farnel com guloseimas que não se deterioram com o calor e bebidas mais sofisticadas.
Mas o sacrifício, nesse arquipélago que tem cerca de 2.000 habitantes, vale a pena.
Figuras fáceis de encontrar também tornam o local ainda mais interessante.
Patrick Muller, o francês que dirige a Atlantis Divers (tel. 0/xx/81/ 619-1371), na Vila dos Remédios, ao lado da igreja, conhece a fundo os segredos do mar.
Hayrton Menezes de Almeida, que administra a operadora de turismo Luck (tel. 0/xx/81/619-1328), sabe tudo sobre pousadas, restaurantes, recantos escondidos, aluguel de bugues e barcos.
Já José Maria Coelho Sultano, dono da pousada Privê Paradise (tel. 0/xx/81/619-1258), capitaneia a mais animada das mesas e, com a propriedade de quem atua como conselheiro do arquipélago, costuma dizer que, em Fernando de Noronha, "o provisório é definitivo, o relativo é absoluto e o inusitado é o cotidiano".
(SILVIO CIOFFI)



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