Christian Gaul

Curiosas formações rochosas caracterizam a região do monte Roraima, com 2.727 m de altitude, na fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela

ANDREAS MIROW
free-lance para a Folha

O caminho até o sopé do monte Roraima, localizado na fronteira entre o Brasil, a Guiana e a Venezuela, com 2.727 m, supera o desafio de escalá-lo. Principalmente quando a aventura é realizada num veículo Land Rover, a partir da cidade de São Paulo.
Sacos de dormir, barracas, mochilas, máquinas fotográficas e muita disposição para atravessar um Brasil nada convencional são ingredientes fundamentais nessa empreitada.
Antes de partir, entretanto, é preciso providenciar os mapas, checar os pneus especiais para trafegar na lama, fazer uma minuciosa revisão no carro e tomar vacina contra a febre amarela.
Depois de percorrer 680 km, o primeiro pernoite pode ser feito na cidade de Andradina, no interior paulista. Uma opção barata de hospedagem é o hotel Vitória, que cobra R$ 8 por pessoa.

Campos de soja
Seguindo na direção noroeste após atravessar a divisa entre os Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, surgem as gigantescas paisagens das áreas de cultivo de soja -uma das principais fontes de riquezas do Estado.
A partir de Campo Grande, capital sul-mato-grossense, até Cuiabá, no Mato Grosso, são mais 1.100 km. Já em Rondônia, o roteiro inclui cidades como Vilhena, Ji-Paraná e Cacoal.
A economia na região de Porto Velho, capital de Rondônia, é baseada principalmente na pecuária.
Porto Velho, cuja população beira os 300 mil habitantes, revela sua tranquilidade com as ruas arborizadas e o baixo número de edifícios.
Na cidade também é possível encontrar algumas lojas com produtos para garimpeiros.
A atividade extrativista do metal, dinâmica no passado, parece estar em decadência hoje em dia. Os donos das lojas especializadas para esse público comentam que atualmente é muito melhor garimpar na Venezuela, para onde muitos garimpeiros estão indo.



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