da enviada especial a Maurício

Ele é um pouco decepcionante para o turista que espera encontrar a exuberância de um mercado como o La Boqueria, de Barcelona: o mercado Port Louis, no coração da capital, é escuro, sujo, mal cheiroso e barulhento. Ainda assim, vale a pena visitá-lo, pois é o melhor lugar para aqueles que querem ter contato com a realidade do país.
Ali os mauricianos mais humildes estão nas ruas vendendo e comprando frutas, verduras, peixes, carnes, roupas, peças de artesanato e especiarias.
No mercado também fica evidente a mistura de culturas. A banca de alimentos chineses está a poucos metros da que vende o curry indiano e outras especiarias, como a baunilha -bastante apreciada na ilha, principalmente como aromatizante dos chás.
As cores vibrantes das roupas hindus e africanas também estão por toda parte.
Barganhar faz parte do ritual. Os comerciantes sempre colocam os preços nas alturas e cabe ao comprador trazê-los para baixo com muita insistência.
Um bom começo é oferecer metade do valor inicial. Diante de maiores resistências, basta virar as costas e dar alguns passos para que o vendedor, arrependido, venha correndo atrás disposto a aceitar qualquer proposta.
Entretanto tenha atenção: é bom tomar muito cuidado com bolsas, mochilas e carteiras no mercado. É fundamental não deixar à mostra muitas notas, principalmente de dólares. Há o risco de ser seguido por algum batedor de carteira.
O melhor horário para visitar o mercado é entre as 10h e as 15h, quando a comercialização é intensa e vibrante.
(VANESSA ADACHI)

Texto Anterior: Mais caros, resorts garantem sossego
Próximo Texto: Cozinha recebe várias influências
Índice