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Rua do Lavradio, no Rio, vira livro
DA SUCURSAL DO RIO
A rua do Lavradio, na Lapa
carioca, tem só 700 metros de
extensão, mas eles já abrigaram
alguns dos mais elegantes endereços do Rio Antigo e foram
cenário de escritos de, dentre
muitos outros, Machado de Assis, Lima Barreto e João do Rio
-que morou no número 100.
A história dessa via aberta
em 1777 pelo marquês de Lavradio, então vice-rei do Brasil,
é contada no livro "Rua do Lavradio" (ed. Andrea Jakobsson,
R$ 95, 238 págs.), que chega numa hora de renascimento "da
Lavradio", como é chamada.
São 14 bares e restaurantes e
27 antiquários, marca da rua.
Desde outubro de 1996, acontece no primeiro sábado do mês a
Feira Rio Antigo, atraindo centenas de pessoas, das 10h às
19h, para ver ao ar livre móveis
e objetos do passado.
"O livro é um registro importante, porque quem quiser repetir esse processo revitalizante em sua cidade poderá consultá-lo", afirma Plínio Fróes,
dono do Rio Scenarium e presidente da Associação dos Comerciantes do Centro do Rio
Antigo. Ele comemora o decreto do prefeito Cesar Maia, que
na semana passada transformou em "quarteirão cultural" e
"rua de serviço" a primeira quadra da rua, a única de parelelepípedos -que deverão ser poupados da passagem de veículos.
A edição de luxo mostra como a via perdeu importância
com as reformas feitas no Rio
no início do século 20, o que levou seus sobrados elegantes a
serem transformados em cortiços e tabernas. A recuperação
veio nos anos 90, com a união
dos comerciantes da rua e
idéias originais como a transformação de antiquários em casas de choro, casos do Empório
100 e do Rio Scenarium.
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