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São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

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WASHINGTON

Esquema ilustra disposição de negros no navio

Smithsonian exibe atrocidades cometidas contra escravos nos EUA

DA ASSOCIATED PRESS

Os africanos são tema de uma exposição da Instituição Smithsonian, em Washington, que os mostra como peças fundamentais da história para a construção da economia americana.
A exibição "Passagem Cativa: o Comércio Transatlântico Escravo e a Construção das Américas", em cartaz até 31 de agosto no museu Anacostia (http://anacostia.si. edu, pertencente ao complexo Smithsonian), ilustra o horror do comércio escravo, desde a perigosa viagem da África às Américas até as vidas que levavam.
Um diagrama ilustra como os escravos eram colocados nos navios: esticados lado a lado, cada um com a cabeça na altura dos pés dos vizinhos. O esquema permitia economia de espaço e assim cabiam mais escravos dentro das embarcações. A travessia do Atlântico durava cerca de 90 dias.
Outras imagens mostram africanos aterrorizados se jogando no mar. Alguns faziam isso após ouvir seus donos dizerem que os comeriam. Um pôr-do-sol pintado por J.M.W. Turner (1775-1851) mostra um navio num canto e, em outro, corpos negros na água.
Três quintos dos escravos nos EUA trabalhavam com algodão, nas plantações e no processo de descaroçamento do produto. O trabalho desses escravos e daqueles que lidavam com tabaco, açúcar e índigo gerou o dinheiro que ajudou a construir o império norte-americano.
Dos 12 milhões de africanos lançados ao Atlântico em 350 anos, 700 mil foram para os EUA e 4 milhões desembarcaram no Brasil.


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