São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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COLÔMBIA

Geografia e história se tocam em Bogotá

Bairros da Candelária e da Zona Rosa mostram as duas faces da capital e convidam visitantes à boemia

DO ENVIADO ESPECIAL À COLÔMBIA

Esqueça as visões preconcebidas: Bogotá, a 2.640 m de altitude e com 6 milhões de habitantes, é melhor que a maioria das grandes cidades brasileiras, mais harmônica, menos deteriorada, mais elegante e sofisticada -e bastante cosmopolita.
Os bairros mais ricos e modernos são convidativos, sejam os residenciais, sejam os mais agitados, como a chamada Zona Rosa, onde as noites vão longe numa infinidade de bares, clubes noturnos, restaurantes típicos ou contemporâneos, e animadas rodinhas nas ruas.
Pode-se caminhar tranquilamente, sem sensação de insegurança. Há tribos para tudo: música eletrônica, disco anos 70, reggae, cumbia, rock.

Geografia versus história
Capital do único país sul-americano bioceânico, Bogotá fica no centro do país, aos pés do Montserrat, uma elevação de 3.200 m de altitude que se pode explorar por meio de um teleférico ou de bondinho.
Esse conjunto montanhoso que é uma ramificação dos Andes é uma referência para se localizar nessa cidade de geografia e história marcantes.
No centro histórico da capital colombiana, o também boêmio bairro Candelária reúne um belo conjunto arquitetônico no qual os traços da arquitetura herdada da colonização espanhola se misturam com edifícios afrancesados.
É o lugar onde se originou a cidade, fundada em 1538, que tem no centro a praça Bolívar.
Nesse centro urbano onde a temperatura média anual gira em torno dos 14 C, as "calles" e "carreras" de Bogotá são numeradas. As "carreras" vão de sul a norte, com numeração crescente. Há favelas. Conhecidas como "invasiones", ficam na direção oposta à da cordilheira.
No bairro da Candelária estão os museus, como o Donación Botero e a Casa da Moeda. Ali também há vários teatros, entre eles o Colón, do século 19.
Bibliotecas, como a Luis Ángel Arango, se espalham pela região, onde estão o palácio do governo, a igreja de Santo Inácio, o palácio presidencial, o Capitólio, a catedral e o palácio da Justiça.

Muitos livros
Com 2,7 milhões de visitantes por ano, a Luis Ángel Arango recebe cerca de 9.000 pessoas por dia. É uma das bibliotecas mais visitadas do planeta.
Abriga cerca de 2 milhões de volumes. A instituição serviu como uma espécie de matriz para outras do mesmo tipo, que levaram Bogotá, em 2007, a ser a primeira cidade latino-americana designada pela Unesco como Capital Mundial do Livro.
A capital também possui uma vasta rede de ciclovias e um eficiente sistema de ônibus aperfeiçoado a partir da experiência de Curitiba.
Além dos traços arquitetônicos espanhóis e republicanos, há também os herdados de ingleses, visíveis em casas e prédios, mesmo os mais recentes.
Também come-se bem na cidade. Peixes, carnes e receitas tradicionais se misturam a restaurantes contemporâneos, criativos e refinados, como o da chef Leonor Spinoza (00/xx/ 57/1/ 283-8659), uma espécie de D.O.M. local.
Entre os ingredientes mais apreciados na culinária bogotana estão o plátano, um tipo de banana com a qual se faz o platacón (banana verde frita), o milho de diversas espécies, os pescados e os frutos do mar, e as carnes, servidas em cozidos de inspiração colonial. Caso do restaurante Casa Vieja, (00/ xx/57/1/336-0588) e do folclórico Andrés Carne de Rés, (www.andrescarnederes.com; tel.: 00/xx/57/1/863-7880). Ou ainda nos grills modernos da Zona Rosa.
(MARCOS AUGUSTO GONÇALVES)


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