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COLÔMBIA
Geografia e história se tocam em Bogotá
Bairros da Candelária e da Zona Rosa mostram as duas faces da capital e convidam visitantes à boemia
DO ENVIADO ESPECIAL À COLÔMBIA
Esqueça as visões preconcebidas: Bogotá, a 2.640 m de altitude e com 6 milhões de habitantes, é melhor que a maioria
das grandes cidades brasileiras,
mais harmônica, menos deteriorada, mais elegante e sofisticada -e bastante cosmopolita.
Os bairros mais ricos e modernos são convidativos, sejam
os residenciais, sejam os mais
agitados, como a chamada Zona Rosa, onde as noites vão longe numa infinidade de bares,
clubes noturnos, restaurantes
típicos ou contemporâneos, e
animadas rodinhas nas ruas.
Pode-se caminhar tranquilamente, sem sensação de insegurança. Há tribos para tudo:
música eletrônica, disco anos
70, reggae, cumbia, rock.
Geografia versus história
Capital do único país sul-americano bioceânico, Bogotá
fica no centro do país, aos pés
do Montserrat, uma elevação
de 3.200 m de altitude que se
pode explorar por meio de um
teleférico ou de bondinho.
Esse conjunto montanhoso
que é uma ramificação dos Andes é uma referência para se localizar nessa cidade de geografia e história marcantes.
No centro histórico da capital colombiana, o também boêmio bairro Candelária reúne
um belo conjunto arquitetônico no qual os traços da arquitetura herdada da colonização espanhola se misturam com edifícios afrancesados.
É o lugar onde se originou a
cidade, fundada em 1538, que
tem no centro a praça Bolívar.
Nesse centro urbano onde a
temperatura média anual gira
em torno dos 14 C, as "calles" e
"carreras" de Bogotá são numeradas. As "carreras" vão de sul a
norte, com numeração crescente. Há favelas. Conhecidas
como "invasiones", ficam na direção oposta à da cordilheira.
No bairro da Candelária estão os museus, como o Donación Botero e a Casa da Moeda.
Ali também há vários teatros,
entre eles o Colón, do século 19.
Bibliotecas, como a Luis Ángel Arango, se espalham pela
região, onde estão o palácio do
governo, a igreja de Santo Inácio, o palácio presidencial, o
Capitólio, a catedral e o palácio
da Justiça.
Muitos livros
Com 2,7 milhões de visitantes por ano, a Luis Ángel Arango recebe cerca de 9.000 pessoas por dia. É uma das bibliotecas mais visitadas do planeta.
Abriga cerca de 2 milhões de
volumes. A instituição serviu
como uma espécie de matriz
para outras do mesmo tipo, que
levaram Bogotá, em 2007, a ser
a primeira cidade latino-americana designada pela Unesco como Capital Mundial do Livro.
A capital também possui
uma vasta rede de ciclovias e
um eficiente sistema de ônibus
aperfeiçoado a partir da experiência de Curitiba.
Além dos traços arquitetônicos espanhóis e republicanos,
há também os herdados de ingleses, visíveis em casas e prédios, mesmo os mais recentes.
Também come-se bem na cidade. Peixes, carnes e receitas
tradicionais se misturam a restaurantes contemporâneos,
criativos e refinados, como o da
chef Leonor Spinoza (00/xx/
57/1/ 283-8659), uma espécie
de D.O.M. local.
Entre os ingredientes mais
apreciados na culinária bogotana estão o plátano, um tipo de
banana com a qual se faz o platacón (banana verde frita), o
milho de diversas espécies, os
pescados e os frutos do mar, e
as carnes, servidas em cozidos
de inspiração colonial. Caso do
restaurante Casa Vieja, (00/
xx/57/1/336-0588) e do folclórico Andrés Carne de Rés,
(www.andrescarnederes.com; tel.: 00/xx/57/1/863-7880). Ou ainda nos grills modernos da Zona Rosa.
(MARCOS AUGUSTO GONÇALVES)
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