|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COLÔMBIA
Acervo de Botero tem Moore, Dalí e Chagall
Há 11 anos, artista doou ao Banco de la República acervo hoje exposto em museu no bairro da Candelária
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Em 1998, o artista plástico
colombiano Fernando Botero,
77, doou ao Banco de la República de seu país uma imensa
coleção de óleos, esculturas,
gravuras e desenhos.
O melhor: o acervo artístico
reunido em Bogotá na Donación Botero (www.banrep.gov.co) não saiu só do cavalete
do artista -que tem ali expostas 123 de suas obras. Na lista
de artistas que estão representados nesse museu arrojado, no
bairro da Candelária, estão
grandes nomes da história da
arte dos séculos 19 e 20.
Localizado na Calle 11, abriga
obras de Lucian Freud, Alexander Calder, Henry Moore,
Marc Chagall, Robert Rauschemberg, De Chirico, Grosz,
Picasso, Matisse, Kokoschka,
Ruffino Tamayo, Giacometti,
Klimt, Salvador Dalí, Joaquín
Torres Garcia, Bacon, Corot,
Renoir, Degas e De Kooning.
O Donación Botero abre das
10h às 19h às segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, e,
aos domingos e feriados, das
10h às 17h. Não abre às terças.
Nascido em Medellín -e hoje radicado na Itália-, Botero é
um artista mundialmente festejado -não raro, suas imensas
esculturas de bronze, retratando seres gordinhos e algo românticos, são expostas nas
ruas das grandes metrópoles.
Filho de um caixeiro-viajante, ele estudou os muralistas
mexicanos e fez sua primeira
exposição de importância internacional em 1962, em Nova
York, ocasião em que sua obra
"Monalisa aos 12 Anos" foi adquirida pelo Museu de Arte
Moderna (MoMA).
Mas é nas pinturas mais antigas que esse pintor colombiano contemporâneo revela seus
traços mais interessantes.
O artista alcançou a consagração com suas figuras gordas,
sentimentais e folclóricas, mas
flertou, nos anos 1950 e 1960,
com um estilo que tendia ao expressionismo. Sua primeira
mostra solo, em Bogotá, foi em
1951. Dois anos depois, Botero
estudou na Academia San Marco de Florença, na Itália.
Para ver um óleo da fase antiga do artista -menos repetitiva-, o museu Donación Botero não é, entretanto, o lugar
ideal.
Representativo da era "pré-gordas", o "El Ninõ de Vellecas" (1959) tem traços intrigantes e integra o acervo do
Museu Nacional (http://redmuseo.javeriana.edu.co),
o museu-palácio de Bogotá, na
Carrera 7, aberto das terças aos
sábados, das 10h às 18h, e aos
domingos, das 10h às 17h.
Texto Anterior: Ecologia: País abriga reservas Próximo Texto: Colômbia: "La casa de Gabo" é uma velha conhecida dos locais Índice
|