São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COLÔMBIA

Acervo de Botero tem Moore, Dalí e Chagall

Há 11 anos, artista doou ao Banco de la República acervo hoje exposto em museu no bairro da Candelária

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Em 1998, o artista plástico colombiano Fernando Botero, 77, doou ao Banco de la República de seu país uma imensa coleção de óleos, esculturas, gravuras e desenhos.
O melhor: o acervo artístico reunido em Bogotá na Donación Botero (www.banrep.gov.co) não saiu só do cavalete do artista -que tem ali expostas 123 de suas obras. Na lista de artistas que estão representados nesse museu arrojado, no bairro da Candelária, estão grandes nomes da história da arte dos séculos 19 e 20.
Localizado na Calle 11, abriga obras de Lucian Freud, Alexander Calder, Henry Moore, Marc Chagall, Robert Rauschemberg, De Chirico, Grosz, Picasso, Matisse, Kokoschka, Ruffino Tamayo, Giacometti, Klimt, Salvador Dalí, Joaquín Torres Garcia, Bacon, Corot, Renoir, Degas e De Kooning.
O Donación Botero abre das 10h às 19h às segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, e, aos domingos e feriados, das 10h às 17h. Não abre às terças.
Nascido em Medellín -e hoje radicado na Itália-, Botero é um artista mundialmente festejado -não raro, suas imensas esculturas de bronze, retratando seres gordinhos e algo românticos, são expostas nas ruas das grandes metrópoles.
Filho de um caixeiro-viajante, ele estudou os muralistas mexicanos e fez sua primeira exposição de importância internacional em 1962, em Nova York, ocasião em que sua obra "Monalisa aos 12 Anos" foi adquirida pelo Museu de Arte Moderna (MoMA).
Mas é nas pinturas mais antigas que esse pintor colombiano contemporâneo revela seus traços mais interessantes.
O artista alcançou a consagração com suas figuras gordas, sentimentais e folclóricas, mas flertou, nos anos 1950 e 1960, com um estilo que tendia ao expressionismo. Sua primeira mostra solo, em Bogotá, foi em 1951. Dois anos depois, Botero estudou na Academia San Marco de Florença, na Itália.
Para ver um óleo da fase antiga do artista -menos repetitiva-, o museu Donación Botero não é, entretanto, o lugar ideal.
Representativo da era "pré-gordas", o "El Ninõ de Vellecas" (1959) tem traços intrigantes e integra o acervo do Museu Nacional (http://redmuseo.javeriana.edu.co), o museu-palácio de Bogotá, na Carrera 7, aberto das terças aos sábados, das 10h às 18h, e aos domingos, das 10h às 17h.


Texto Anterior: Ecologia: País abriga reservas
Próximo Texto: Colômbia: "La casa de Gabo" é uma velha conhecida dos locais
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.