São Paulo, segunda, 8 de fevereiro de 1999

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MAMA ÁFRICA
Estrada é bem conservada
Rota Jardim não é igual à Rio-Santos

da enviada especial à África

A rota Jardim costuma ser comparada com a brasileira Rio-Santos, mas a única semelhança é que ambas têm acesso à costa.
A primeira diferença é a conservação das estradas. Desde a Cidade do Cabo, a ausência de buracos e a sinalização adequada deixam o motorista seguro, mesmo que não esteja acostumado a guiar do lado direito do carro. O mais incrível é que o viajante paga só o equivalente a US$ 1,5 no único pedágio entre a Cidade do Cabo e Port Elizabeth, um trecho de cerca de 750 km.
Tão raros como os pedágios são os postos de gasolina. O primeiro deles surge, a partir da Cidade do Cabo, após 163 km de rodagem.
A amistosidade dos motoristas sul-africanos, que invadem o acostamento em trechos de pista única para dar passagem aos mais ligeiros, também dá segurança à rota.
A beleza também diferencia a estrada sul-africana da brasileira. Na N2 inexistem os recortes do oceano entre montanhas que podem ser vistos na sinuosa Rio-Santos.
A paciência do motorista se esgota entre a Cidade do Cabo e Knysna, trecho na sua maioria muito reto e cansativo. Uma das poucas surpresas desse percurso acontece nas proximidades de Wilderness, onde subitamente o pára-brisa fica enfeitado com asa-deltas e pára-quedas coloridos.
Guiar no trecho Knysna-Port Elizabeth é mais prazeroso pelas fazendas de gado, penhascos profundos e vegetação exuberante que margeia o trecho, menos retilíneo que o anterior. (MV)



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