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MAMA ÁFRICA
Estrada é bem conservada
Rota Jardim não é igual à Rio-Santos
da enviada especial à África
A rota Jardim costuma ser comparada com a brasileira Rio-Santos, mas a única semelhança é que
ambas têm acesso à costa.
A primeira diferença é a conservação das estradas. Desde a Cidade
do Cabo, a ausência de buracos e a
sinalização adequada deixam o
motorista seguro, mesmo que não
esteja acostumado a guiar do lado
direito do carro. O mais incrível é
que o viajante paga só o equivalente a US$ 1,5 no único pedágio entre
a Cidade do Cabo e Port Elizabeth,
um trecho de cerca de 750 km.
Tão raros como os pedágios são
os postos de gasolina. O primeiro
deles surge, a partir da Cidade do
Cabo, após 163 km de rodagem.
A amistosidade dos motoristas
sul-africanos, que invadem o acostamento em trechos de pista única
para dar passagem aos mais ligeiros, também dá segurança à rota.
A beleza também diferencia a estrada sul-africana da brasileira. Na
N2 inexistem os recortes do oceano entre montanhas que podem
ser vistos na sinuosa Rio-Santos.
A paciência do motorista se esgota entre a Cidade do Cabo e
Knysna, trecho na sua maioria
muito reto e cansativo. Uma das
poucas surpresas desse percurso
acontece nas proximidades de
Wilderness, onde subitamente o
pára-brisa fica enfeitado com asa-deltas e pára-quedas coloridos.
Guiar no trecho Knysna-Port Elizabeth é mais prazeroso pelas fazendas de gado, penhascos profundos e vegetação exuberante que
margeia o trecho, menos retilíneo
que o anterior.
(MV)
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