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Novos pacotes incluem Romênia, Irã e Quirguistão
do enviado especial
Escalar montanhas no Uzbequistão, ver o eclipse do Sol na Romênia ou acampar no deserto do Irã
são algumas das novidades da indústria do turismo lançadas na 19ª
Fitur, em Madri. Segunda maior
feira de turismo do mundo, atrás
apenas da realizada em Berlim, a
Fitur reuniu este ano 7.000 expositores, de 161 países.
A feira é voltada principalmente
para os profissionais de turismo,
mas atrai multidões de curiosos interessados em planejar a próxima
viagem de férias. Em 1999, a Fitur
recebeu 160 mil pessoas, 10% a
mais do que no ano anterior.
Entre as principais novidades
apresentadas na Fitur está a abertura ao turismo de países como a
Líbia ou antigas repúblicas da extinta União Soviética, como o Cazaquistão, o Quirguistão, o Turcomenistão e o Uzbequistão.
"As antigas repúblicas da URSS
são países seguros e que oferecem
excelentes opções para quem gosta
de montanhismo, de rafting ou para passear pela antiga rota da seda
na Ásia Central", diz Rustam Mirzaev, diretor da agência SilkRoad,
do Uzbequistão.
Os antigos países do leste europeu também estão abrindo cada
vez mais suas fronteiras aos estrangeiros. Na Romênia, as atrações vão desde a Transilvânia, terra do conde Drácula, até a hospedagem nos luxuosos palácios do
antigo ditador Nicolau Ceausescu.
O grande hit romeno de 1999 será
o eclipse solar. Segundo a propaganda romena ("a terra do eclipse"), a vila medieval de Horezu será o melhor lugar do planeta para
assistir ao eclipse. Os romenos
prometem megaespetáculos para
celebrar a ocasião, incluindo show
com o tenor Luciano Pavarotti.
Os vizinhos poloneses querem
atrair os visitantes para a celebração dos 150 anos da morte do compositor Frederick Chopin. Serão
oferecidos novos roteiros turísticos para que se possa conhecer as
cidades onde Chopin morou e trabalhou. O país também tem grande tradição histórica, com construções medievais, e os horrores
dos campos de concentração nazistas.
Não é à toa que países antes conhecidos por serem fechados aos
estrangeiros estão tão empenhados em atrair cada vez mais visitantes. O turismo é uma das indústrias que mais cresce no mundo. Só
no ano passado, ocorreram 625
milhões de desembarques no
mundo, gerando uma receita de
US$ 445 bilhões, 2% a mais do que
em 1998.
Os iranianos, por exemplo, querem acabar com a imagem de serem avessos aos estrangeiros. É
verdade que ainda existem algumas restrições para quem planeja
passear pela antiga Pérsia.
As mulheres precisam usar véu e
cobrir totalmente as pernas, o que
que torna um pouco incômoda
uma temporada nos balneários do
mar Cáspio.
Em compensação, os iranianos
oferecem roteiros variados, ao
gosto do turista ocidental. Pode-se
visitar tribos que vivem no deserto, esquiar nas montanhas, caçar
ou visitar mercados de tapetes persas.
Em todos os continentes, há uma
multiplicação de ofertas para os
turistas. A Namíbia percebeu o sucesso alcançado pela África do Sul
e decidiu apostar na melhoria de
suas estradas e hotéis.
Entre as atrações da Namíbia, estão cânions, safáris fotográficos e
visitas a lugares inusitados, como a
costa do Esqueleto.
Na costa do Esqueleto, as dunas
do deserto praticamente se encontram com a areia da praia. Quando
a seca é prolongada e há falta de
alimento, pode-se ver leões caminhando à beira da praia, perto dos
leões marinhos da região.
Os roteiros na China são os que
mais devem crescer, na avaliação
da Organização Mundial de Turismo. Segundo projeções da OMT, a
China deve receber 137 milhões de
turistas por ano em 2020.
Os chineses já estão se empenhando para atingir a meta. Novos
roteiros vão além das tradicionais
visitas à Muralha da China e incluem viagens à próspera Shangai
e a cidades do interior, como Xi'an,
onde se pode ver o exército de
guerreiros de terracota do imperador Qing, datado do século 2º a.C.
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