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Cidade inspirou Matisse e modernos
DO ENVIADO ESPECIAL
Paris pode ser a capital francesa
até mesmo dos museus, mas há
em Nice instituições que não decepcionam. Dois acervos são imperdíveis: o do Museu Matisse e o
do Mamac (Museu de Arte Moderna e de Arte Contemporânea).
O primeiro é uma homenagem
ao pintor Henri Matisse (1869-1954). Com fachada do tipo
"trompe l'oeil" (engana o olho,
chamado assim porque as molduras das janelas, aparentemente
reais, são pintadas) e encravado
na Ville des Arènes, um sítio arqueológico romano, o museu
conta com cerca de 800 trabalhos,
entre guaches, gravuras, esculturas, pinturas, fotografias e objetos
criados pelo pintor ou que pertenceram a ele. Entre as obras, estão a
escultura "A Serpentina" (1909), o
quadro "Poltrona Rocaille" (1946)
e o guache "Nu Azul IV" (1952).
Uma das fases da obra de Matisse chama-se Riviera, mas a Côte
d'Azur também batizou uma geração de artistas nas décadas de
1960 e 70: a chamada "escola de
Nice", representada no Mamac
especialmente pelos trabalhos de
Yves Klein (1928-1962). Outro
destaque, de uma geração posterior dessa escola, é Ben Vautier.
Até maio o museu abriga "Em
Busca da Utopia", retrospectiva
do belga Jan Fabre (leia mais sobre a programação cultural no
quadro ao lado). Sua obra está representada por esculturas cuja
principal característica é a confecção dos objetos com centenas de
pequenas peças -por exemplo,
tachinhas ou insetos de metal.
E a arquitetura do Mamac reserva a maior surpresa. Quem desbrava até o seu último andar e alcança o sinuoso teto pode circular
por ele e receber de presente vistas privilegiadas de Nice.
(MV)
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