DO ENVIADO ESPECIAL

Desbravar as dunas do litoral do Rio Grande do Norte exige estar com o coração preparado, demonstrar coragem e ter a companhia de um guia com experiência.
A coragem é fator decisivo para não amolecer diante de paredões de areia de 30 m a 70 m, nos quais o buggy desce a mais de 70 km/h e o único consolo é fechar os olhos.
O guia é importante, especialmente nas dunas móveis -aquelas que mudam de um dia para o outro, conforme a ação do vento-, para evitar acidentes e a dor de cabeça de ficar perdido.
O passeio dura de 40 minutos a um dia inteiro, cumprindo trajetos que envolvem aventura (paredões, rampas e trilhas onduladas) ou apenas a observação da paisagem (fazendo o caminho das águas, pelo litoral norte ou sul).
Com cerca de 580 bugueiros credenciados, cada passeio, para até quatro pessoas, custa entre R$ 80 (só dunas móveis, com até uma hora de duração) e R$ 200 (o dia todo, com o roteiro de Redinha a Muriú), incluindo o traslado do turista até o hotel.
"É só ligar, que nós buscamos no hotel e fazemos o tour que a pessoa quiser, com ou sem emoção", afirma Gerdon Barretos, que há 17 anos dirige pelas dunas.
Barretos explica que a regra principal é não pular do buggy, como, diz ele, ocorreu num passeio com Murilo Benício e Giovanna Antonelli, por ocasião da gravação da novela "O Clone", no qual o ator saltou do veículo e acabou sofrendo uma leve luxação.
Para alugar o buggy é preciso antecedência de pelo menos 12 horas. "Como o passeio começa entre 8h30 e 9h, é bom marcar no dia anterior, apesar de a gente sempre dar um jeito para o turista fazer o tour", diz Jacob Gurgel Neto, que dirige a Genipabuggy (tel. 0/xx/84/9982-5706).
Além de recorrer a associações, como a APCBA (tel. 0/xx/84/225-2077), para conseguir um veículo com motorista, basta ligar para uma das agências que trabalham no local -como a Potigar (tel. 0/ xx/84/202-4316) e a Luck Nataltur (tel. 0/xx/84/219-2966). (CCP)


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