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Cidade mineira não consta nas principais publicações turísticas, mas rios e cachoeiras proporcionam aventuras
Guias ignoram Santa Rita de Jacutinga
DA ENVIADA A SANTA RITA DE JACUTINGA
Santa Rita de Jacutinga, em Minas Gerais, é uma cidade pequena, de 5.000 habitantes, que nem
chega a figurar nos principais
guias de turismo do país. Mas há
cerca de dois anos burros carregando cana cortada ou latões de
leite passaram a dividir a estrada
de terra com carros com placas de
outras cidades e Estados, com turistas que chegam para experimentar algumas atividades que
começaram a ser oferecidas ali.
Vários rios cortam o município
mineiro, que tem 72 cachoeiras. A
do Pacau é a cortina branca sobre
a qual praticantes de rapel deslizam em cordas ao som das águas
que correm por 95 m de desnível.
No inverno, a equipe do alpinista Francisco Balter Rodrigues, 38,
realiza um "rapel aéreo": a corda
do esportista é ligada a um cabo
de aço que traça a rota da descida,
guiando-o por fora das águas geladas. Resultado? Fica-se quase de
frente para a queda-d'água. No
verão, a descida acontece dentro
da cachoeira, mesmo.
Já o rio Preto, que faz a divisa
natural de Santa Rita de Jacutinga
com o Estado do Rio de Janeiro, é
aproveitado para o rafting. As
corredeiras são de níveis dois e
três. Por isso Maurício Fenille, tetracampeão brasileiro que adotou
o rio, indica o passeio para famílias e iniciantes.
Em julho, as águas estão mais
tranquilas ainda, e, se por um lado
é preciso um esforço extra na hora
de remar, por outro as pedras que
despontam a cada curva adornam
o rio e as águas são mais claras.
O rafting começa sob uma ponte, após instruções básicas de comandos dadas pela equipe, e acaba 6 km e uma hora e meia depois.
O único ponto que incomoda o
rafting e também quase estraga as
expectativas de quem chega à cidade em busca de muita natureza
é uma siderúrgica, localizada na
entrada de Santa Rita, cujas chaminés soltam fumaça dia e noite.
A cavalgada também é uma atividade que leva a paisagens bucólicas do município. Um dos passeios vai até o boqueirão da Mira e
dura cerca de três horas, só na ida.
O boqueirão é talvez um dos
pontos mais bonitos de Santa Rita, uma fenda de 40 m de altura
que rasga um paredão de rocha.
Sob ela há uma piscina natural
que termina em uma cachoeira.
Quem nunca andou a cavalo
não precisa se preocupar muito
com quedas, mas sim com as dores que podem surgir após passar
tanto tempo no lombo do animal.
É possível chegar a até um quilômetro do boqueirão de carro. O
restante do trecho oferece uma
caminhada leve e bem bonita.
Os passeios podem ser agendados no Centro de Aventuras, tel.
0/xx/32/3291-1519. O rapel custa
de R$ 40 a R$ 60; o rafting, R$ 40; e
a cavalgada, de R$ 15 a R$ 35.
Informações sobre a cidade, no
site www.santaritadejacutinga.
tur.br.
(CHIAKI KAREN TADA)
Chiaki Karen Tada viajou a convite da
Cavalgada Adventure e da hospedaria
Santa Clara
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