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TACADA NACIONAL
Em 2004, campos em hotéis no NE e no Sul serão abertos; no Brasil, 20 mil pessoas praticam o esporte
Golfe e resorts se unem para mais turismo
MARCELO SAKATE
ENVIADO ESPECIAL À BAHIA E AO PARANÁ
Um ano que marca uma guinada do golfe no Brasil: assim tem
sido 2003, com o envolvimento
crescente de empreendimentos
de peso do setor turístico com a
modalidade, a fim de explorar o
potencial do golfe de turismo,
segmento mundialmente rentável, mas incipiente no país.
Em 2004, a tacada deve levar a
bola para mais longe. Pelo menos
dois novos campos de golfe em
resorts devem ser inaugurados no Nordeste
e no Sul do país. Mesmo com fama de hobby de milionário, a prática do golfe pode aumentar com
a aliança entre campos e resorts.
O primeiro contato em hotéis
pode dar o gosto da coisa. Nos resorts, o turista estará frente a frente com campos forrados com grama de dar inveja a qualquer vizinho, com lagos, dunas, praias e
até falésias para emoldurar o cenário. A vantagem é que neles se
pode jogar sem a exigência de ser
sócio de um clube ou ser apresentado por um deles.
Com poucos praticantes, em
comparação com os 26,4 milhões
de americanos e os 15,7 milhões
de japoneses, o
número de golfistas no Brasil
cresceu mais de 550% (passou de
3.000 para 20 mil praticantes nos
últimos cinco anos).
Em abril, alguns dos principais
grupos turísticos brasileiros que
utilizam campos de golfe como
atrativo criaram, em conjunto
com a CBG (Confederação Brasileira de Golfe), o Bureau Nacional
do Golfe de Turismo.
Além de elaborar material institucional, de assegurar a qualidade
dos campos e oferecer suporte ao
treinamento do pessoal operacional e de vendas dos hotéis, a CBG
é responsável pela criação de um
circuito nacional, denominado
"Conheça o Brasil jogando golfe".
Em 2004, o tour deve ter nove torneios em destinos turísticos distintos.
Já estão certos como sedes Costa do Sauípe, ilha de Comandatuba, Trancoso, Porto Alegre, Foz
do Iguaçu, Mogi das Cruzes, Angra dos Reis e Búzios, todos ligados a resorts, hotéis ou condomínios residenciais. Um último local
ainda será escolhido.
O envolvimento da CBG tem
respaldo em um novo caráter
adotado pela diretoria que assumiu a entidade em janeiro, com
ênfase no turismo.
"Nos anos anteriores, a entidade privilegiava um caráter mais
esportivo, técnico. Queremos desenvolver o golfe fomentando o
turismo interno e internacional,
em um projeto a longo prazo",
afirma Ana Cecília Mazza, diretora do departamento de turismo
da entidade, criado neste ano.
Segundo ela, o projeto se espelha no Algarve, no sul de Portugal,
uma das regiões mais procuradas
na Europa pelos turistas de golfe.
Em cerca de 150 km de praias,
aliam-se serviços de hotéis e resorts com campos de golfe à prática de inúmeros esportes náuticos.
A entidade acertou ainda convênio com a Embratur (Instituto
Brasileiro de Turismo), até o fim
de 2004, para treinar agências a
vender o esporte e para participar
de feiras no exterior.
Em julho, a CBG começou a fazer o primeiro censo do golfe brasileiro. A expectativa da entidade
é que até o fim do ano a coleta seja
concluída. No futuro, a intenção
da CBG é realizar pesquisas qualitativas que possam levantar o perfil do golfista brasileiro e, com os
dados em mãos, promover ações
direcionadas para desenvolver o
esporte no país.
Marcelo Sakate viajou a convite do Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba e
do Bourbon Iguassu Golf & Resort
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